Fatores
limitantes: Cultivei com exagero o hábito de pedir conselhos a meus pais e a
meus amigos na maior parte de minha vida, mas nunca me senti satisfeita com
isso. Tenho uma situação financeira tranqüila e uma família sadia que muito me
ama. Moro em casa extremamente agradável e compartilho amizades queridas. Mesmo
assim, sinto-me muito infeliz. Sou vacilante e me deixo conduzir com
facilidade, pois receio que minhas opiniões e decisões sejam incorretas. Ouvi
dizer que a felicidade não é deste mundo. Devo atribuir meu desencanto de viver
a essa afirmativa? Tenho que conformar-me passivamente?
Expandindo
nossos horizontes:
A maioria das
pessoas que se proclamam religiosas costumam afirmar categoricamente que a
felicidade encontra-se apenas em Deus. Esquecem-se, porém, de que o
Todo-Poderoso habita em tudo, inclusive nelas mesmas. Então, por que não
começar a procurá-la em sua própria intimidade?
Não importa se
as pessoas acreditem ou não em Deus. O fato de não O amarem ou de terem
conceitos diferentes a respeito dEle, em nada altera a Sagrada Realidade em
nós.
O Pai Supremo
responde a cada um de acordo com sua necessidade.
Encontra-se a felicidade em forma de
Toque Divino em toda parte. Na leitura de uma poesia, num buquê de miosótis, na
visita amorosa a um lar de idosos, no aroma exótico dos jasmins, na colheita de
conchinhas na praia, nos gestos de ternura. São muitos os momentos em que se
pode ser venturoso.
Felicidade é sentimento
íntimo. Os contextos exteriores nos quais você vive apenas o ajudam a entrar em
contato com esse sentimento, já existente em sua intimidade; quer dizer, eles
interpretam sua essencialidade divina.
Confie em sua
sabedoria interior; só você pode decidir o que é certo para si mesmo.
O homem criou a
linguagem para poder comunicar-se com os outros adequadamente. Descobriu que
algumas expressões lhe permitiam pensar e agir com maior precisão e organizar
melhor suas emoções. Planejou palavras que o ajudassem intelectualmente a
cumprir certas funções e a administrar seu meio ambiente.
De início
estereotipou na palavra felicidade o conjunto de satisfações dos sentidos, por
acreditar apenas na existência do mundo das impressões exteriores em que se
movimentava. Começou a agir como se todas as pessoas tivessem essa mesma visão
estática e avaliassem a felicidade por esse mesmo estreito prisma.
É verdade que a
maioria dos seres pensa de modo semelhante acerca da palavra felicidade.
Usam-na constantemente para denominar um estado de completo bem-estar,
contentamento e satisfação. No entanto, apesar da designação comum, ela se
apresenta sob os mais variados aspectos, maneiras, situações, fatos e pessoas.
Muitos acreditam
que, satisfazendo suas carências afetivas, profissionais ou sexuais, se
tornarão plenamente felizes. Alegria não é o resultado de tudo aquilo que
possuímos ou desejamos.
Felicidade ou
infelicidade não resultam das circunstâncias, mas dependem de sua força de
vontade e determinação. Se você aceitar isso como verdade, assumindo a
responsabilidade pela sua própria felicidade, se libertará da exigência dos
requisitos da sociedade superficial e da falsa importância que o mundo externo
lhe impõe. A partir daí, poderá encontrá-la com mais clareza e discernimento.
Quanto mais crer
em sua “voz do coração”, tanto mais nitidamente ela falará com você.
Olhando para
dentro de si mesmo e analisando sua essência divina, que nunca falha nem se
altera, você encontrará realmente a verdadeira alegria de viver.
As criaturas de
consciência desperta compartilham e repartem seu contentamento. Aprenderam a
amar os outros, porque amam a si mesmas. Desfrutam o tempo de forma singular:
seus gestos de benevolência se estendem tanto a seus semelhantes como a si
próprias.
As violetas,
desde os tempos mais antigos, foram celebrizadas nas poesias, fábulas e
narrativas. Shakespeare sempre as citava com admiração.
São muito estimadas por seu aroma
delicado.
Fazendo alusão
às violetas e à sua fragrância, poderíamos dizer, em sinonímia quase que
perfeita, que a felicidade é o perfume de Deus.
Livro: CONVIVER
E MELHORAR
Catherine e
Batuíra / Francisco do Espírito Santo Neto.
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