Cap. IX – Item
7.
O Evang. Seg. o
Espiritismo – Allan Kardec.
Era homem de meia-idade.
Chamava-se
Frederico Manuel de Ávila.
Comerciante
progressista. Espírita há dois lustros, buscava pautar a existência pelo
Evangelho
renovador.
Contudo, era
sempre afobado.
Raro se detinha
para examinar um problema maior.
Impaciente.
Precipitado. Febricitante.
Várias vezes
fora admoestado para reduzir a marcha da própria vida.
Amigos
aconselharam. Espíritos advertiram.
Tudo inútil.
Certo dia,
demorando-se mais no escritório, voltou ao lar, quase noitinha, acelerado como
de hábito.
De posse da
chave, abriu a porta e entrou.
Percorria o
corredor para chegar a uma das salas, quando nota um vulto caminhando para ele,
a toda pressa, na penumbra...
Surpreendido e
amedrontado, ante a figura estranha, julgou-se à frente de algum amigo do
alheio e volveu sobre os próprios passos, em corrida aberta.
Na fuga, porém,
tropeça num canteiro do jardim e cai, gritando, estentórico.
Os gritos atraem
vizinhos, pressurosos, que o encontram desmaiado.
É conduzido ao
hospital próximo.
Frederico
fraturara uma perna...
Mais tarde,
volta a casa com a perna engessada.
Na intimidade da
família, foi compelido a lembrar-se de que aniversariava naquele dia... E tudo
ficou esclarecido.
Como se
demorasse em serviço, os parentes quiseram surpreendê-lo no trabalho, verificando-se
o desencontro.
A esposa e os
filhos, para recepcioná-lo alegremente, em festa íntima, alteraram as disposições
dos móveis do interior da casa.
E só então pôde
compreender que o vulto, que o assustara, era ele mesmo refletido no grande
espelho da parede da sala de jantar que fora mudado de posição...
Livro: O
Espírito da Verdade.
Diversos
Espíritos.
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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