Essa tristeza
que te domina, amargurando as tuas horas, é grave enfermidade que deves
combater a partir de agora.
Nenhuma
complacência para com ela, nem justificativa enganosa para aceitá-la. Os
argumentos de infelicidade quanto de insatisfação não passam de sofismas e
mecanismos de evasão da realidade.
Problemas todos
os têm, com um imenso universo de apresentação. A falta deles geraria, por
enquanto, desmotivação para a luta, para o progresso.
Essa nostalgia
deprimente que te aliena e consome é adversária cruel, a que te entregas
livremente sem reação, ampliando-lhe o campo de domínio, à medida que lhe cedes
espaço.
Seja qual for a
razão, fundamentada em acontecimentos atuais, deves transformar em bênção que
te convida à reflexão e não ao desalento.
A tristeza é morfo
prejudicial ao organismo, peste que consome a vida.
Tudo, em tua
volta, é um hino de louvor, de alegria, de gratidão a Deus.
Observa-o bem.
Somente o homem,
porque pensa, se permite empolgar pela tristeza, descambando para os surdos
conflitos da rebeldia.
*
Essa tristeza
pode resultar de dois fatores, entre outros: reminiscências do teu passado
espiritual e perturbação com repercussão obsessiva.
No primeiro
caso, as impressões pessimistas devem ser eliminadas, alijando-as do
inconsciente, sob pressão de idéias novas, agradáveis, positivas, que te cumpre
cultivar, insistindo em fixá-las nos painéis mentais.
Se te acostumas
a pensar bem, superarás as lembranças más.
Os hábitos se
enraízam, porque se repetem, dominando os automatismos da mente e do corpo.
Na segunda
hipótese, a hospedagem mental e emocional de Entidades desencarnadas,
malévolas, ocorre porque encontram sintonia nas tuas faixas psíquicas,
estabelecendo contato hipnótico que se agrava com o tempo.
Em ambos os
casos te encontras incurso em débitos para com as soberanas Leis da Vida.
Não te
reencarnaste, porém. apenas para pagar, antes, sim, para ressarcir com amor,
liberando-te dos compromissos negativos mediante as ações relevantes.
És candidato às
cumeadas da montanha, e não um condenado às galés nas sombras do remorso inútil
ou no charco das lágrimas perdidas.
Se permaneces na
situação infeliz, tornas-te vítima de ti mesmo. Todavia, se te resolves por
sair do caos, transformas-te em teu próprio psicoterapeuta.
*
Jesus, apenas
uma vez, deixou-se vestir de tristeza, de amargura. No Getsêmani, quando só Ele
velava e os amigos, ali próximos, dormiam, embora aquela fosse a hora decisiva,
o pré-final. E o permitiu por piedade para com os companheiros invigilantes,
que se não davam conta da gravidade do momento.
Sempre Ele
cultivou a alegria da esperança, a bênção da saúde, a dádiva da paz.
O Seu, foi o
ministério do júbilo, da transformação do homem e do mundo velhos em uma
criatura e sociedade inteiramente novas.
Renascimento é
vitória sobre a morte. E alegria que procede da libertação.
Rasga, portanto,
essa mortalha de sombras sob a qual ocultas todas as tuas possibilidades de
triunfo, e sai a semear fraternidade na grande vinha que te aguarda.
Realiza um novo,
um atual encontro contigo mesmo e examina-te melhor, sem deplorares a situação
em que te encontras, e vai na direção do êxito. Isto é fundamental, não como um
pagamento, porém como um dever que te falta cumprir, a fim de te recuperares.
Deus te concede esse direito e tens que corresponder-Lhe, usando-o em teu
benefício.
Provavelmente
sofres pressões, que são uma falta de humanidade, mas tua é a submissão a essa
força constritora que aceitas.
Se, em verdade,
queres sair da tristeza, podes. Em caso contrário, és responsável por ela,
assim te comprazendo, o que é séria enfermidade.
*
“Alegrai-vos”,
propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.”
Este reino está dentro de nós, esperando ser
descoberto e habitado.
Aguarda-te,
desafiador. Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o,
deixa-te por ele preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a
luta.
Livro: Jesus e
Atualidade.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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