A saúde humana
nunca será o produto de comprimidos, de anestésicos, de soros, de alimentação
artificialíssima. O homem terá de voltar os olhos para a terapêutica natural,
que reside em si mesmo, na sua personalidade no seu meio ambiente. Há
necessidade, nos tempos atuais, de se extinguirem os absurdos da
"fisiologia dirigida". A medicina precisa criar os processos naturais
de equilíbrio psíquico, em cujo organismo, se bem que remoto para as suas
atividades anatômicas, se localizam todas as causas dos fenômenos orgânicos tangíveis.
A medicina do futuro terá de ser eminentemente espiritual, posição difícil de
ser atualmente alcançada, em razão da febre maldita do ouro; mas, os apóstolos
dessas realidades grandiosas não tardarão a surgir nos horizontes acadêmicos do
mundo, testemunhando o novo ciclo evolutivo da humanidade. O estado precário da
saúde dos homens, nos dias que passam, tem o seu ascendente na longa série de
abusos individuais e coletivos das criaturas desviadas da lei sábia e justa da
Natureza. A civilização, na sua sede de bem-estar, parece haver homologado
todos os vícios da alimentação, dos costumes, do sexo e do trabalho. Todavia,
os homens caminham para as mais profundas sínteses espirituais. A máquina, que
estabeleceu tanta miséria no mundo, suprimindo o operário e intensificando a
facilidade da produção, há de trazer, igualmente, uma nova concepção da civilização
que multiplicou os requintes do gosto humano, complicando os problemas de saúde;
há de ensinar às criaturas a maneira de viverem em harmonia com a Natureza.
Livro: Emmanuel.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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