Se podes
transportar as dificuldades que te afligem num corpo robusto e razoavelmente
nutrido, reflete naqueles nossos irmãos da família maior que a penúria vergasta.
Diante deles,
não permita que considerações de natureza inferior te cerrem as portas do
sentimento.
Se algo possuis
para dar, não atrases a obra do bem e nem baseies nas aparências para
sonegar-lhes cooperação.
Aceitemo-los
como sendo tutores paternais ou filhos inesquecíveis largados no mar alto da
experiência terrestre e que a maré da provação nos devolve, qual se fossemos para
eles especuladores da violência.
Impacientaram-se
na expectativa de um socorro que lhes afigurava impossível e deixaram que a
desesperação os enceguecesse.
Outros se
apresentam marcados por hábitos lastimáveis; todavia, não admita estejam na
posição de escravos irresgatáveis do vício. Atravessaram longas trilhas de sombra,
e, desenganados quanto à chegada de alguém que lhes fizesse luz no caminho, tombaram
desprevenidos nos precipícios da margem.
Surpreendemos os
que aparecem exteriormente bem-postos e aqueles que dão a idéia de criaturas
destituídas de qualquer noção de higiene, mas não creias, por isso, vivam acomodados
à impostura e ao relaxamento. Um a um, carregam desdita e enfermidade, tristeza
e desilusão.
Não duvidamos de
que existam, em alguns raros deles, orgulho e sovinice; no entanto, isso nunca
sucede no tamanho e na extensão da avareza e da vaidade que se ocultam em nós,
os companheiros indicados a estender-lhes as mãos.
Se rogam
auxílio, não poderiam ostentar maior credencial de necessidade que a dor de
pedir.
Sobretudo,
convém acrescentar que nenhum deles espera possamos resolver-lhes todos os
problemas cruciais do destino. Solicitam somente essa ou aquela migalha de
amor, à feição do peregrino sedento que suplica um copo d’água para ganhar
energia e seguir adiante.
Esse pede uma
frase de bênção, aquele um sorriso de apoio, outro mendiga um gesto de brandura
ou um pedaço de pão...
Abençoa-os e
faze, em favor deles, quanto possas, sem te esqueceres de que o Eterno Amigo
nos segue os passos, em divino silêncio, após haver dito a cada um de nós, na
acústica dos séculos:
- “Em verdade, tudo aquilo que fizerdes ao
menor dos pequeninos é a mim que o fizestes.”.
Livro: Estude e
Viva.
Espíritos: Emmanuel
e André Luiz
Médiuns: Chico
Xavier e Waldo Vieira.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
803. Perante
Deus, são iguais todos os homens?
Sim, todos
tendem para o mesmo fim e Deus fez Suas leis para todos. Dizeis freqüentemente:
“O Sol luz para todos” e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do que
pensais.
Allan Kardec.:
Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem
igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se
destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural,
nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos Seus olhos, são iguais.
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