“De fato, é de
perseverança que tendes necessidade, para cumprirdes a vontade de Deus...” Paulo / Hebreus, 10:36.
Perseverança
cristã abrange um estado de maturidade ou evolução vivenciados nos setores
vitais da existência da alma: o social, o físico e o espiritual. Essa vivência
permite-nos assumir as mais diversas responsabilidades diante da vida.
A maturidade
física seria apenas um setor, pois apenas se refere à integridade do organismo
denso, porém não basta para traçarmos um verdadeiro perfil de maturidade
evolutiva.
Companheiros
inconstantes e vacilantes assemelham-se às ondas do mar: são arremessados pelos
ventos da instabilidade e atirados de um lado para outro.
Desenvolveram-se físicamente, mas continuam ainda infantilizados quanto aos compromissos com a
lide do Senhor. Não compreendem a importância da hora que passa e, sem firmeza,
recuam ante os desafios do serviço. Não possuem fibra nem pulso forte.
Na Casa
Espírita, se a maioria procura agir entre a perseverança e a responsabilidade,
alguns se esquecem com facilidade de seus postos de trabalho, nos quais se
comprometeram a servir.
O núcleo de
trabalho em sua estrutura ideológica introduz nos seus adeptos um modelo de
crescimento. Ele propõe basicamente três itens: - uma noção de onde nos
encontramos; um ideal maior para onde deveremos ir; e um caminho de excelências
que nos leva do primeiro para o segundo.
Em todos os itens,
a principal ocupação é a melhoria e o aprimoramento da nossa condição evolutiva.
O crescimento dos obreiros consiste em sua autodeterminação, ou seja, sua
permanência na senda que leva ao item final.
Certamente, em
todas as áreas do serviço cristão, a troca freqüente de experiências é muito
saudável. Mas o raciocínio baseado na concorrência pode se tornar bastante
danoso e perturbador. Senão razoável, portanto, que, antes de tomarmos qualquer
decisão de retirar-nos da obra, consultássemos o grupo, ou o seu dirigente,
visto que seria deselegante de nossa parte desistir sumariamente, sem dar
qualquer satisfação.
É compreensível
a desistência, mas os bons modos são imprescindíveis. Ninguém poderá se
esquivar da parcela de empenho e vigor que lhe cabe na obra de aperfeiçoamento
próprio. Quando Paulo recomendou a persistência, tornava claro o longo caminho
dos que procuram as culminâncias da elevação espiritual.
Se dentro dessa
campanha de fraternidade alguns deixam os encargos assumidos, outros passam a
substituí-los. Se, no entanto, alguém se sentir sobrecarregado, não deverá
esmorecer, pois em pouco tempo o Senhor encaminhará por certo outras criaturas
para assumir as tarefas abandonadas.
A reciclagem na
Casa Espírita é feita sempre sob os auspícios dos Benfeitores Maiores, que guiam a missão
do Cristianismo Redivivo. O Pai dispõe de inúmeros recursos para manter o bem,
não faltando nunca mãos dedicadas e braços valorosos na enxada da caridade.
Por imaturidade,
muitos não valorizam os postos que lhes foram confiados para o próprio reerguimento
espiritual, e desertam.
Amadurecimento é
conquista das criaturas que já elegeram o Mestre Nazareno como guia e modelo.
Essas almas adultas herdarão o Reino dos Céus.
Livro: CONVIVER E
MELHORAR
FRANCISCO DO
ESPÍRITO SANTO NETO
Espíritos: LOURDES
CATHERINE E BATUÍRA
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