“E vestiram-no
de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.” — (MARCOS,
capítulo 15, versículo 17.)
Quase incrível o
grau de invigilância da maioria dos discípulos do Evangelho, na atualidade,
ansiosos pela coroa dos triunfos mundanos. Desde longo tempo, as Igrejas do
Cristianismo deturpado se comprazem nos grandes espetáculos, através de enormes
demonstrações de força política. E forçoso é reconhecer que grande número das
agremiações espiritistas cristãs, ainda tão recentes no mundo, tendem às mesmas
inclinações.
Individualmente,
os prosélitos pretendem o bem-estar, o caminho sem obstáculos, as considerações
honrosas do mundo, o respeito de todos, o fiel reconhecimento dos elevados
princípios que esposaram na vida, por parte dos estranhos. Quando essa bagagem
de facilidades não os bafeja no serviço edificante, sentem-se perseguidos,
contrariados, desditosos.
Mas... e o
Cristo? não bastaria o quadro da coroa de espinhos para atenuar-nos a inquietação?
Naturalmente que
o Mestre trazia consigo a Coroa da Vida; entretanto, não quis perder a
oportunidade de revelar que a coroa da Terra ainda é de espinhos, de sofrimento
e trabalho incessante para os que desejem escalar a montanha da Ressurreição
Divina.Ao tempo em que o Senhor inaugurou a Boa Nova entre os homens, os
romanos coroavam-se de rosas; mas, legando-nos a sublime lição, Jesus dava-nos
a entender que seus discípulos fiéis deveriam contar com distintivos de outra
natureza.
Livro: Caminho,Verdade
e Vida.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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