1 Ó minha santa mãe! era bem certo
Que entre as preces maternas estendias
As tuas mãos sobre os meus tristes dias,
Quando na Terra — que era o meu deserto.
2 Nos instantes de dor, bem que eu
sentia
As tuas asas de Anjo da Ternura,
Pairando sobre a minha desventura
Feita de prantos e melancolia.
3 Flor ressequida eu era e tu o orvalho
Que me nutria, pobre e empalecida;
Era a tua alma a luz da minha vida,
Meu tesouro, meu dúlcido agasalho!…
4 Ai de mim sem a tua alma bondosa,
Que me dava a promessa da esperança,
Raio de luz, de amor e de bonança,
Na escuridão da vida dolorosa.
5 E que felicidade doce e pura,
A que senti após a treva e a morte,
Findo o terror da minha negra sorte,
Quando vi teu sorriso de ventura!
6 Então, senti que as Mães são
mensageiras
De Maria, Mãe de anjos e de flores,
E Mãe das nossas Mães cheias de amores,
Nossas meigas e eternas companheiras!…
Livro: Parnaso de Além Túmulo
Espíritos Diversos / Chico Xavier.
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