Quem se refere a
influência perniciosas é compelido a reconhecer os mais estranhos acidentes
morais em toda parte, através da ingestão de corrosivos do pensamento.
Provindas de
encarnados ou desencarnados vagueiam culturas corruptoras, aqui e acolá,
desenvolvendo nos ambientes mais luzidos, a atmosfera pestilencial que fecunda
os germes do crime ou prepara a intromissão da enfermidade e da morte.
Agora, é o vírus
sutil da maledicência recolhendo as almas desprevenidas, na rede das trevas, de
que escorre a lama da calúnia destruidora...
Depois, é o
veneno do juízo precipitado, em torno das atitudes alheias, inflamando a cólera
que se arma de violência para estender a injustiça...
Aqui, é o mordo
do desalento, achacando corações simples e bem formados, por intermédio de
queixas infindáveis e deprimentes, instalando a vitória da preguiça em prejuízo
das boas obras...
Ali, é o fel da
discórdia, a verter da boca insensata, projetando lodo na senda de companheiros
esperançosos e amigos, para que todos os planos do bem desçam da claridade em
que se esboçam para a sombra do mal que os asfixia no nascedouro...
Lembra-te, pois,
de semelhantes perigos que surgem a cada passo e constrói na própria alma o
pronto-socorro, capaz de atender a necessidade dos outros preservando a ti
mesmo, contra o desequilíbrio calamitoso.
Neste refúgio
assistencial de emergência, disporás do silêncio e do perdão, da frase benevolente
e do entendimento conciliador, do consolo e da prece, como digna medicação a
aplicar em regime de urgência justa.
Conserva, assim,
essa farmácia de compreensão e fraternidade no imo do próprio ser e arrancarás
muita gente do trauma letal da crueldade e do ódio, da miséria e da ignorância,
como servidor genuíno do Mestre Inolvidável que elegeu no amor puro o grande
roteiro de nossa libertação do passado para a conquista do celeste porvir, em perenidade
de luz.
Livro: Ideal
Espírita.
Espíritos
Diversos
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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