Há, sem dúvida,
uma tarefa especial, particularmente destinada aos espíritas, à margem das
obrigações que lhes são peculiares: a formação de ambiente adequado ao trabalho
edificante dos Bons Espíritos.
Conscientes de
que somos sustentados por legiões de instrutores, domiciliados em planos
sublimes, e informados de que eles se propõem amparar a humanidade, será justo relegar
tão-somente a médiuns e fenômenos a cooperação com eles? Aliás, é necessário considerar
que a mediunidade deve ser laboriosamente burilada, a fim de refleti-los, e que
os fenômenos quase sempre se perdem na cinza da dúvida ou na corrente
tumultuária da discussão.
Todos nós
estamos convocados a colaborar com os mensageiros do Senhor, notadamente no
sentido de preparar-lhes ambiente favorável à manifestação.
Para isso,
principiemos por banir do cérebro toda idéia de crueldade, violência, pessimismo,
azedume. . . Diante de qualquer pessoa, sintamo-nos à frente de criatura irmã
que aguarda de nossa parte o amor com que fomos aquinhoados pela Providência Divina.
No repouso ou na
atividade, no lar ou na via pública, atendamos à harmonização e à serenidade.
Conversando, evitemos imagens de irritação ou de maledicência. Fujamos de repisar
comentários em torno de escândalos e crimes, detendo-nos em casos escabrosos apenas
o tempo imprescindível ao esclarecimento da verdade, sem converter a sinceridade
em botija de fel. Comuniquemos alegria e confiança aos que convivem conosco.
Tenhamos a coragem de praticar o bem que apregoamos, buscando com diligência a
ocasião de servir.
Se surge o
impositivo de alguma retificação, em nosso círculo de trabalho, coloquemo-nos no
lugar do corrigido para que a brandura nos aconselhe, e, doando algo,
situemo-nos na posição de quem recebe, para que a vaidade não se nos insinue na
plantação de solidariedade. É forçoso recordar, sobretudo, que os alicerces de
qualquer ambiente espiritual começam nas forças do pensamento.
Todos nós, os
desencarnados e encarnados que nos vinculamos à seara espírita-cristã, contamos
com o apoio dos Instrutores da Vida Maior. Isso é mais que natural, ante as necessidades
que nos assinalam a senda, mas não nos será lícito esquecer que eles também
esperam por nosso auxílio, a fim de que possam mais amplamente auxiliar.
Livro: Estude e
Viva.
Espíritos: Emmanuel
e André Luiz
Médiuns: Chico
Xavier e Waldo Vieira.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
524. Os avisos
dos Espíritos protetores objetivam unicamente o nosso procedimento moral, ou
também o proceder que devamos adotar nos assuntos da vida particular?
Tudo. Eles se
esforçam para que vivais o melhor possível. Mas, quase sempre tapais os ouvidos
aos avisos salutares e vos tornais desgraçados por culpa vossa.
A.K.: Os
Espíritos protetores nos ajudam com seus conselhos, mediante a voz da
consciência que fazem ressoar em nosso íntimo. Como, porém, nem sempre ligamos
a isso a devida importância, outros conselhos mais diretos eles nos dão,
servindo-se das pessoas que nos cercam. Examine cada um as diversas circunstâncias
felizes ou infelizes de sua vida e verá que em muitas ocasiões recebeu
conselhos de que se não aproveitou e que lhe teriam poupado muitos desgostos,
se os houvera escutado.
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