Sensibiliza-te
diante do irmão positivamente obsidiado e esmera-te em ofertar-lhe o esclarecimento
salvador com que a Doutrina Espírita te favorece.
Bendito seja o
impulso que te leva a socorrer semelhante doente da alma; entretanto, reflete-nos
outros, os que se encontram nas últimas trincheiras da resistência ao desequilíbrio
espiritual.
Por um alienado
que se candidata às terapias do manicômio, centenas de fronteiriços da obsessão
renteiam contigo na experiência cotidiana. Desambientados num mundo que ainda
não dispõe de recursos que lhes aliviem o íntimo atormentado, esperam por algo que
lhes pacifiquem as energias, à maneira de viajores tresmalhados nas trevas, suspirando
por um raio de luz... Marchavam resguardados na honestidade e viram-se lesados
a golpes de crueldade, mascarada de inteligência; abraçaram tarefas edificantes
e foram espancados pela injúria, acusados de faltas que jamais seriam capazes
de cometer; entregaram-se, tranqüilos, a compromissos que supuseram
inconspurcáveis e acabaram espezinhados nos sonhos mais puros; edificaram o
lar, como sendo um caminho de elevação, e reconheceram-se, dentro dele, à
feição de prisioneiros sem esperança; criaram filhos, investindo em casa toda a
sua riqueza de ideal e ternura, na expectativa de encontrarem companheiros
abençoados para a velhice, e acharam-se relegados a extremo abandono; saíram da
juventude, plenos de aspirações renovadoras e toparam enfermidades que lhes
atenazam a vida... E, com eles, os que se acusam desajustados, temos ainda os
que vieram do berço em aflição e penúria, os que se emaranharam em labirintos
de tédio, por demasia de conforto, os que esmorecem nas responsabilidades que
esposaram e os que carregam no corpo dolorosas inibições...
Lembra-te deles,
os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes
estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem
de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos
que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade
da sua própria divulgação.
Livro: Estude e
Viva.
Emmanuel e André
Luiz
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
780. O progresso
moral acompanha sempre o progresso intelectual?
Decorre deste,
mas nem sempre o segue imediatamente. (192-365).
780a) - Como
pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
Fazendo
compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade
dos atos.
780b) - Como é,
nesse caso, que, muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais
pervertidos também?
O progresso
completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a
passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode
mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e
a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se.
(365-751).
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