Quando volvas ao
lar, deixa, à distância, os resíduos das dificuldades e problemas enfrentados
durante o dia. A família não pode arcar com o ônus do teu cansaço, das
mágoas, das frustrações e do mau humor que reuniste, por contingências, às
vezes inevitáveis, do teu trabalho. O ninho doméstico deve ser
preservado das tempestades exteriores, a fim de que encontres nele forças e
estímulos para os deveres a desempenhar no dia imediato. Mesmo que te
sintas deprimido ou fatigado, busca renovarte com disposição otimista,
mediante a qual tornarás ali a tua presença sempre desejada e querida. Torna o
teu lar uma permanente fonte de inspiração, de modo que, ao te recordares
dele, em qualquer lugar, experimentes motivação para um feliz desempenho
dos compromissos abraçados.
***
São inúmeros os
desafios que o homem probo experimenta durante um dia. Nem sempre triunfará em
todos eles. No entanto, cada vez que se sinta defraudado por si mesmo,
na luta, cabelhe o dever de preservar a confiança e programar a
recuperação. Quem não tropeça, nem cai, certamente não sai do lugar onde
se encontra imobilizado. Ação é, também, sinônimo de movimento, de experiências
com erros e acertos. Desse modo, não conduzas contigo a amargura dos
insucessos, nem o ressaibo da insatisfação. Terminado o
teu compromisso fora da família, volve ao lar com disposição positiva,
entusiasmado com os valores alcançados e confiante nos futuros resultados dos
esforços a desprender mais tarde. O teu lar deve ser o santuárioescola,
a oficinarecreio onde o amor predomine e a felicidade, em qualquer
situação ou circunstância, sempre se faça presente.
Livro: Episódios
Diários.
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