O Evangelho Seg.
o Espíritismo – Allan Kardec, Cap. V – Item 12
Usufruímos na
Espiritualidade o continente sem limites de onde viemos; no Universo Físico, o
mar sem praias em que navegamos de quando em quando, e, na Vida Eterna, o
abismo sem fundo em que desfrutamos as magnificências divinas.
No trajeto
multimilenário de nossas experiências, aprendemos, entre sucessivos transes de
nascimento e desencarnação, a alegria de viver, descobrindo e reconhecendo a necessidade
e a compensação do sofrimento, sempre forjado por nossas próprias faltas.
Já renascemos e
remorremos milhões de vezes, contraindo e saldando obrigações, assinalando a
excelsitude da Providência e o valor inapreciável da humildade, para saber, enfim,
que toda revolta humana é absurda e impotente.
Se as lutas do
burilamento moral não têm unidade de medida, a ação do amor é infinita na
solução de todos os problemas e na medicação de todas as dores.
Tolera com
paciência as inevitáveis, mas breves provas de agora, para que te rejubiles
depois.
Nos compromissos
espirituais, todos encontramos solvibilidade através do esforço próprio.
Aproveitemos a bênção da dor na amortização dos débitos seculares que nos ferreteiam
as almas, perseverando resignadamente no posto de sentinelas do bem, até que o
Senhor mande render-nos com a transformação pela morte.
Sempre trazemos
dívidas de lágrimas uns para com os outros.
Vive, assim, em
paz com todos, principalmente junto aos irmãos com os quais a tua vida se
intercomunica a cada instante, legando, por testamento e fortuna, atos de amor
e exemplos de fé, no fortalecimento dos espíritos de amigos e descendentes.
Se há facilidade
para remorrer, há dificuldades para renascer.
As portas dos
cemitérios jamais se fecham; contudo, as portas da reencarnação só se abrem com
a senha do mérito haurido nas edificações incessantes da caridade.
As dores iguais
criam os ideais semelhantes.
Auxiliemo-nos mutuamente.
O Evangelho – o
livro luz da evolução – é o nosso apoio. Busquemos a Jesus, lembrando-nos de
que o lamento maior, o desesperado clamor dos clamores, que poderia ter partido
de seus lábios, na potência de mil ecos dolorosos, jamais chegou a existir.
Livro: O
Espírito da Verdade.
Diversos
Espíritos.
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário