quinta-feira, 15 de maio de 2014

A EVOLUÇÃO DOS ANJOS – Miramez.

0129/LE.
Os processos de despertamento das criaturas de Deus são diversos, como já o dissemos em variadas oportunidades; não obstante, todos eles nos levam a perfeição. Ainda é preciso dizer mais: que o Espírito nasce das mãos do Criador com Seus atributos em estado latente, esperando golpes do tempo pelas mãos do espanco (primeiro passo). Leis vigoram por todos os ângulos da grande vinha do Senhor, inspirando e movimentando, do protozoário aos maiores benfeitores que dirigem os mundos.
Podemos comparar a linha evolutiva dos Espíritos, desde a sua formação a angelitude, como as vidas humanas, desde o berço ao tumulo. As diferenças são enormes entre os seres humanos, diferenças estas que partem da maturidade, que nunca é igual, do tempo de vida de cada ser. Os Espíritos, igualmente, são assim: eles se diferenciam pelo tempo. Certamente, os mais velhos carregam consigo maior número de experiências, e essas experiências lhes conferem despertamento mais seguro. Não negamos o livre arbítrio de todas as criaturas de Deus, porém, não podemos nos esquecer das suas limitações em todas as direções em que foram chamadas a viver.
Os Espíritos saem de Deus em forma de energia divina, dotados de todos os poderes, que pulsam na sua intimidade, como sendo segredos da Divindade, e percorrem todas as estações de aprendizado. Em cada uma desabrocham valores registrados pela eternidade, enriquecendo condições para que surja a razão como conquista da sua trajetória. Essa energia desce, experimentando todos os tipos de opressões ambientais, se intensificando em uma unidade grandiosa, para depois surgir o milagre da individualidade.
Esses processos ainda escapam às pesquisas da ciência dos homens, mas no alvorecer de um amanhã próximo, poderás ter algumas noticias sobre o Espírito imortal, sua vida e sua volta ao Criador, na feição do Espírito filho deste mesmo Deus, onde poderá desfrutar das glórias espirituais com plena consciência de si mesmo. É nessa descida e subida, nesse esforço permanente do Espírito, que a vida torna novas dimensões, pelo acervo de luzes acumuladas na sua estrutura mais intima, como sendo o sol em completa conexão com o sol maior. Nunca podemos dizer que uns sofrem tormentos dos seus próprios erros e outros não, que o despertamento de uns se processam sem sacrifícios, enquanto outros foram torturados pelos seus desequilíbrios, como sendo demônios.
O livre arbítrio se expressa noutro sentido, de difícil entendimento, mesmo para os espiritualistas. Os que escolhem o mal são Espíritos aos quais faltam experiências no campo de ascensão. O que chamamos de mal convida a alma com as facilidades inerentes as suas ilusórias conquistas, e todos nós passamos pelas ilusões da vida. Como precisamos da teoria, para que comecemos as práticas, ninguém toma água, sem primeiro ter a sede, nem come sem apresentar a fome, e pessoa alguma veste, sem primeiro estar nua. Como não passar pelas experiências, para depois vivê-las? Ninguém parte de Deus retamente, sem nenhum problema. As contradições, nós mesmos é que as criamos, para nós mesmos as resolveremos, assegurando o próprio mérito no coração, como sendo o esforço da boa luta.
Livro: Filosofia Espírita. Vol. III
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
129. Os anjos hão percorridos todos os graus da escala?
Percorreram todos os graus, mas do modo que havemos dito: uns, aceitando sem murmurar suas missões, chegaram depressa; outros, gastaram mais ou menos tempo para chegar à perfeição.

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