Há uma
proposição que diz: "Toda forma é um conglomerado de coisas". É justamente
o que queremos dizer. Os pensamentos são formas emblemáticas que transmitimos
em muitas dimensões para as mentes da mesma sintonia, e os sentimentos que
plasmamos neles são partes de nós, que ficam nos outros, sob a nossa
responsabilidade.
Há momentos de
fraqueza humana em que o pensamento alheio causa distúrbios inacreditáveis,
dependendo do estado de alma de quem o recebe, como do influxo mental de quem o
transmite.
A realidade é
que orar e vigiar, como nos propõe o Evangelho, na lavoura das ideias, é dever
sagrado de cada dia. A agenda do cristão deve ter uma palavra com letras
grandes: VIGILÂNCIA. As formas mentais têm uma força coesiva sem precedentes,
maior que a liga de todas as colas e o traço de todos os cimentes.
Os espíritos de
alta envergadura conhecem a ciência, de modo a desintegrar as formas mentais
inferiores, aproveitando-as, como lixo mental, em adubos, ou canalizando-as
para animais da mesma faixa, que as transmutam em alimentos psíquicos, de certa
forma, para eles, suculentos.
A estrutura
congénita das ideias, quando se trata de alma evoluída é de máxima importância,
pois é nessa oportunidade que ela começa a amar o próximo, inicia seu dia
doando o que mais lhe toca o coração. É a verdadeira caridade espiritual, porque
em uma corrente contínua de pensamentos se estende a mensagem da fraternidade,
por não lhes dar o trabalho de limpeza psíquica. Se a humanidade soubesse o
valor do pensamento positivo, entregar-se-ia à completa reforma, no tocante aos
pensamentos. Se a humanidade fosse consciente da grandeza das emoções elevadas,
transformaria o mundo dos sentimentos em fontes puras de amor.
As correntes
mentais inferiores, intercruzando os espaços da Terra e se ajustando, por
sintonia, com as pessoas, é que impulsionam os países às guerras, às
calamidades, aos grandes desacertos financeiros. E essa troca de magnetismo decadente
entre os homens proporciona as maiores promiscuidades, os desajustes dos lares,
e os desleixes morais, por entorpecer as mentes e levá-las às mais baixas
vibrações.
Os nossos
pensamentos brotam do fulcro mental com uma ardência de vida sem paralelos na
escala das emoções. Quando canalizados aos seus devidos fins, esvaziam o campo
energético da alma, para depois serem reabastecidos pêlos centros de força mais
responsáveis pela consciência. Isso é um cinetismo indescritível do éter
cósmico. E nãâo sendo usado para a nobreza do caráter, o reator emotivo cria
colisões nos campos de força, de maneira a demorar o próprio reabastecimento e
adormecer, de certa forma, parte da consciência, que retarda o seu comando
instintivo dos órgãos e deixa de fornecer a cota de energia protoplasmática ao
sensível metabolismo celular.
O místico se
embriaga nas suas sábias deduções, caindo em êxtase pelo prazer que lhe dão as
formas mentais elaboradas em sua mente. Todavia, o espírito inferior sofre com
as suas criações, que correspondem â sua própria inferioridade.
O Cristo, médico
das almas, foi também o maior médico dos corpos. A especulação científica
chegará algum dia à realidade do espírito, cinzelando os fatos com a
oficialidade de que os pensamentos bons são capazes de restaurar os homens e as
coisas danificadas, como torturar vidas e desagregar formas na ação magnética
inferior. Poderemos ser médicos de nós mesmos, elaborar remédios, que nos
possam curar. Isso depende da educação da mente.
A configuração
das ideias obedece a um plano evolutivo por excelência e preestabelecido por
esquema do Todo Poderoso. Entretanto, compete a nós outros uma intervenção,
cuja altura devemos alcançar, de determinadas modificações no que concerne aos
valores emotivos. Devemos plasmar, com os recursos a nós oferecidos no
magnetismo estuante da mente, o amor mais puro, que se irradia em muitas formas
de conceitos, porque ele, sendo vida maior, sustenta todas as vidas, em todos
os reinos do alvorecer eterno.
Ao nosso
pensamento é justo não faltar o traço que compete à elegância.
Sejamos felizes,
deixando o Cristo participar das nossas correntes mentais e entremos, com Ele,
no reino de Deus.
Livro:
Horizontes da Mente.
Miramez / João
Nunes Maia.
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