Esperas
ansiosamente encontrar o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença; entretanto,
antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo é
sempre o degrau da bendita aproximação.
* * *
Mas quem é o meu
próximo?
- Perguntarás decerto, qual ocorreu ao Doutor
da Lei nas luzes da parábola.
Todavia, convém
saber que, além do próximo mais próximo a quem nomeias como sendo o coração
materno, o pai querido, o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo íntimo,
no clima doméstico, o próximo é igualmente o homem que nunca vista, tanto aquele
que te fixa indiferente em qualquer canto da rua. É a criança que passa, o
chefe que te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o
mendigo que te fala a distância...
É a pessoa que
te impõe um problema, verificando-te a capacidade de auxílio; é quem te calunia,
medindo-te a tolerância; quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio; é a
criatura que te induz à tentação, testando-te a resistência... É o companheiro
que te solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz
de pedir-te o mais ligeiro favor.
Às vezes tem um
nome familiar que te soa docemente aos ouvidos; de outras, é categorizado por
ti à conta de adversário, que não te aprova o modo de ser. Em suma, o próximo é
sempre o inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da Vida
Eterna. Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que
se referia Jesus na parábola inesquecível.
Isto porque o
Bom Samaritano foi efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada de
Jerusalém para Jericó, mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó
foi para o Bom Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no
caminho para o encontro com Deus.
Livro: Rumo
Certo.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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