As mais belas
palavras entretecidas em forma de uma auréola de gratidão não expressam,
realmente, a grandeza de que te revestes, anjo querido.
Sendo uma
estrela luminífera, escondes a tua claridade no corpo físico, a fim de não
ofuscares os caminhos que percorres, particularmente quando te tornas mãe.
O brilho, porém,
da tua luminosidade exterioriza-se e clareia a noite densa do processo de
crescimento daqueles que vêm aos teus braços, na condição de filhos, na ansiosa
busca do progresso e da plenitude.
Os teus
silêncios, nos momentos de testemunho, transformam--se em canções de
inigualável beleza, dando sentido psicológico e harmonia à vida, porque te
sacrificas em benefício daqueles que Deus te concedeu por empréstimo sublime
para os conduzires ao Seu coração inefável.
O teu
devotamento contínuo constitui a lição preciosa de perseverança de quem
acredita na Vida e no triunfo do Bem Eterno, nunca desistindo de lutar e de
doar-te.
A tua paciência
gentil e a tua serena abnegação, mesmo nas horas difíceis, são poemas vivos de
amor incomum, que terminam por transformar as estruturas morais humanas
deficientes em resistência e vigor para os enfrentamentos da reencarnação.
A tua serenidade,
quando tudo parece conspirar contra o êxito daqueles que educas, e a tua
certeza de que o amor tudo pode, convertem- se na segurança que se faz
indispensável para que a vitória seja alcançada.
As ingratidões
dos filhos não te desanimam, as vicissitudes da existência não te desarmonizam,
os embates do cotidiano não te enfraquecem, e prossegues a mesma, sofrida, às
vezes, perseverando, porém, nos deveres a que te entregas com doação total.
Aprendeste a
sorrir quando os teus filhos estão alegres e a chorar ante as suas preocupações
e fracassos, nunca cedendo espaço ao desespero ou à revolta, quando eles não
conseguem superar os impedimentos e tombam em momentâneos fracassos…
Nesses momentos,
renovada em forças e revestida de coragem, ergue-os, dando-lhes as mãos
generosas e direcionando-lhes os passos no rumo certo, a fim de que recomecem e
se recuperem.
Estejas na
opulência ou na pobreza total, a tua maternidade é sinal do poder de Deus que
te consagrou como co-criadora, na condição de anjo do lar, a fim de que o mundo
cresça e a vida humana alcance a meta para a qual foi organizada.
É certo que nem
todos os filhos sabem compreender a tua grandeza, os teus sacrifícios e lutas,
mas isso não te é importante.
Consideras antes
que o teu é o dever de os amar em quaisquer situações em que se encontrem,
educando-os sem cessar, amparando-os continuamente e emulando-os ao avanço com
os seus próprios pés, mesmo quando tenham as pernas trôpegas e feridos os
sentimentos.
Sabes que as
melhores condecorações para exornarem os heróis são as cicatrizes internas que
permanecem no coração e na alma do lutador após as refregas. Por isso mesmo,
insistes e perseveras sem descanso, trabalhando com esses diamantes brutos que
deves lapidar, a fim de que permitam o brilho da Estrela Polar – Jesus! – no
recesso do ser.
...E se, por
acaso, a desencarnação te arrebatar do corpo, impedindo- te continuar cuidando
deles, permanecerás, no Além-túmulo, inspirando-os, acariciando-os e
envolvendo-os em vigorosa proteção.
*
Doce mãezinha!
Quando as
criaturas da Terra dedicam um dia ao teu amor, apenas um entre 364 outros,
sinalizando que já estão despertando para o significado do teu apostolado,
apesar das imposições mercadológicas que esperam lucros, nessa oportunidade,
quando todos deveriam oferecer-te somente amor, desejamos homenagear-te,
envolvendo-te em ternura e em gratidão, pela nobre tarefa que desempenhas e
pelas bênçãos que a todos nos concedes.
Maria, a Mãe
Santíssima da Humanidade, coroe-te de paz e de alegria, no teu e em todos os
dias da tua existência, anjo misericordioso de todos nós!
Amélia Rodrigues
– Divaldo Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário