0358/LE
A amblose
constitui um crime, por subtrair-se da lei de Deus. É querer desarranjar a
ordem do universo, intenção pela qual a criatura responderá por suas
conseqüências funestas.
O apelo que a
espiritualidade faz aos homens é que reconsiderem sobre esse fato, que analisem
antes de praticarem esse nefando ato de falta de amor, lembrando-se da vida que
somente pertence ao Criador. Pretendemos que o aborto caia no esquecimento de
todos os povos, e que, num futuro não muito longe, ele saia das cogitações
humanas.
Uma mãe que
aborta o filho por motivos banais, por não querer filhos, não pode ser chamada de
mãe, um nome sinônimo de amor; e quem pratica esse crime não tem amor no coração.
Estamos em um
fim de ciclo de duras provas, onde somos testados por várias modalidades de provas,
e sendo a humanidade influenciada por falanges e mais falanges de Espíritos inconscientes,
que receberam a misericórdia de Deus para descer à Terra, aproveitando nela oportunidades
maiores de aprendizado. Mas eles carregam no coração paixões que transbordam
dos seus mal-educados sentimentos, extravasam o sexo de todas as maneiras, procurando
nele a felicidade que ele não traz, e daí surgem as tempestades da consciência.
Seja a mãe, ou
outra qualquer pessoa, que servir de instrumento para abortar uma criança, pratica
um crime e, pior, essa premeditação vem da maldade, da inconsciência das leis.
Nasce do egoísmo, principalmente da época que atravessamos. São pessoas
mentindo a si mesmas, é o fantasma do desculpismo que pretende enganar a
consciência, sob a alegação de que os tempos atuais não comportam mais do que
um filho ou dois ou, às vezes, nenhum. Vida cara, escola difícil, falta de
condições de moradia, não se encontra empregada, mulher e marido precisam
trabalhar fora, e daí por diante. São as desculpas mais comuns.
E quando chegar
a vez desses companheiros reencarnarem, quando essa necessidade levá-los a
chorar, esperando por um novo nascimento? O que sentirão eles se, por sua vez,
forem banidos do ventre materno? Que eles pensem e tornem a pensar, que meditem
e tornem a meditar no porvir, que a sua consciência em Cristo lhes responderá
em meio aos seus pensamentos.
Encontramos
muitos que, no fundo, reconhecem a verdade da reencarnação mas negam essa lei
para entrarem na desordem do crime do aborto, sabendo e fingindo não saber que responderão
pelo que fizerem na vida e da vida. O pior engano é pretender enganar Deus.
O aborto é um
crime de maior monta, é matar quem não tem meios de defender a própria vida, em
um corpo que se encontra formação. O pior é que são muitos os inimigos que o
assassino granjeia no mundo espiritual, no ato de abortar uma criança em
gestação.
Existem,
igualmente, muitos tipos de aborto em outras faixas da vida. Nós podemos
abortar ideais alheios, ideais que podem vir a fazer muito bem a humanidade e
que, com a nossa freqüente e insistente indiferença, praticamos um aborto,
matando idéias antes de nascerem.
Ajudemos a vida!
Alimentemos bons pensamentos no auto-aperfeiçoamento, ajudando os outros a
fortificarem as suas idéias de caridade e amor. É nisto que consiste em amar
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Não devemos,
também, abortar os nossos sentimentos do bem porque ouvimos falar das pessoas
que fracassaram com os ideais de fraternidade. Se necessário, sem que o procuremos,
entreguemos a vida, para que o amor se espalhe por toda a parte, fazendo morada
em todos os corações.
Livro: Filosofia
Espírita. VOL. VIII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
358. Constitui
crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
Há crime sempre
que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime
sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que
impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo
que se estava formando.
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