Em todos os
problemas que se reportam à construção e à produção, nos círculos da natureza
exterior, surpreendemos recursos drásticos na base das equações necessárias.
É o atrito, na
direção do progresso, esmerilando, moldando, corrigindo, aperfeiçoando... O
solo, na plantação, tolera o corte do arado a lanhar-lhe o corpo submisso.
O fruto
amadurecido recebe a pancada do segador, no dia da ceifa, de modo a transformar-se
em pão que sustente a mesa.
Antes que o
asfalto complemente a segurança da estrada, é preciso que a terra suporte os
ataques da picareta.
Para que a pedra
venha do serro bruto ao trabalho do homem, quase sempre, sofre a ação do
explosivo controlado.
O minério, a fim
de elevar-se ao nível da indústria, encontra o forno de alta tensão.
O mármore,
candidato à obra-prima, submete-se à pressão do cinzel.
A planta para
derramar a seiva nutriente ou curativa, sujeita-se aos golpes do incisor.
Na cirurgia o
órgão doente, para reabilitar-se, experimenta os lances do bisturi.
Instrumentos os
mais diversos auxiliam o homem a expurgar, edificar, brunir, renovar.
Entretanto, nos
grandes conflitos do sentimento, diante das tempestades morais e das provas
constrangedoras que atormentam a alma e convulsionam a vida, o remédio indispensável
será sempre a constância da paciência gerando a força da paciência.
Livro: Ideal
Espírita.
Espíritos
Diversos
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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