0409/LE
As imagens que
se percebem, estando o corpo em estado de torpor, ocorrem pela dilatação visual
da alma, quando ela percebe com mais nitidez o mundo espiritual que a rodeia.
Quando não há entorpecimento do corpo e evidenciam-se os dons espirituais, é
que a criatura é dotada de vidência ou clarividência, ao passo que, no estado
de relaxamento, todas as criaturas podem perceber imagens, por entrarem mais
diretamente no mundo espiritual. Tudo isso é uma amostra espiritual de que
existe a continuação da vida, que todos podem perceber, sendo, assim, um dom
generalizado. É bênção de Deus aos Seus filhos do coração.
Importa dizer
que a vida é fonte de pesquisa contínua que todas as criaturas podem realizar, de
acordo com as possibilidades que já dominam no campo da evolução espiritual.
Podemos e devemos analisar todos os dias os fenômenos que acontecem nos
caminhos: veremos facilmente que o real se encontra invisível pelos processos
humanos e muito visíveis pelos métodos naturais que todos podem alcançar.
A vidência é um
dom comum a todas as almas encarnadas. Sempre, em estado de silêncio, podem-se
observar imagens, vultos esses dos quais às vezes, não se podem registrar as transmissões
mentais. Isso requer outro dom mais especial, que se chama audição, que se divide
em duas etapas ou formas: a que se ouve dentro da cabeça, que é a telepatia, e
os sons registrados pelos ouvidos, o que se chama audição espiritual.
Na primeira
faculdade, funcionam duas glândulas que existem dentro da cabeça: a Pituitária
e a Pineal, que captam as transmissões mentais do Espírito comunicante. Na
segunda, funcionam as mesmas glândulas, mas, de modo mais físico. Elas entram
em conexão com algo mais de efeito físico, materializando-se os sons, e esses
tornando-se audíveis para o receptor.
É como se fosse
mesmo uma telefonia, mas com muito mais perfeição, dependendo da condição de
quem transmite a mensagem.
Quando se tem
visões de alguma imagem, pode-se dar mais vida a essas figuras pela oração, e
mesmo pelo amor que se pode desprender do coração. Quem ama é mais feliz em
todas as pesquisas deste mundo para o outro; quem entra em completo
relaxamento, se encontra em transe; saindo dele, já é mesmo sonho, quando se
pode recordar ou não as façanhas, no mundo dos Espíritos. Com a prática destes
exercícios, podem-se orientar e desenvolver essas faculdades, até se chegar à
intuição verdadeira. As faculdades vão se abrindo como uma flor à claridade
solar.
Cinzelar os dons
espirituais é a nossa parte e devemos dar mão nela, compreendendo que cada dia
que passa é uma nova oportunidade de crescer. O “nada se perde e nada se cria”
é uma lei, e podemos nos basear nela, de modo que, se nos encontrarmos
percebendo imagens, elas têm um fundamento: são filhas de alguma vida que se
mostra como tal.
Amemos tudo e
todos, no mais puro amor que se pode sentir, que todos os caminhos florescerão,
entregando-nos mais vida e mais alegria, mais paz e mais amor. Então, o Cristo resplandecerá
para a nossa vitória, onde quer que estejamos. Nunca nos esqueçamos do aprimoramento,
que ele faz parte das nossas promessas ante a paternidade divina. É essa paternidade
dentro de nós que se chama consciência.
Livro: Filosofia
Espírita. Vol. IX
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
409. Doutras
vezes, num estado que ainda não é bem o do adormecimento, estando com os olhos
fechados, vemos imagens distintas, figuras cujas mínimas particularidades percebemos.
Que há aí, efeito de visão ou de imaginação?
Estando
entorpecido o corpo, o Espírito trata de desprender-se. Transporta-se e vê. Se
já fosse completo o sono, haveria sonho.
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