quinta-feira, 31 de julho de 2014

SINAL DE PROGRESSO - Emmanuel


Grande sinal de progresso da alma:
Receber com serenidade e paciência as ocorrências inesperadas.
Livro: Recados Do Além

Emmanuel / Chico Xavier

BEM E MAL VIVER - Marco Prisco

Porque campeiam as disputas existenciais, não descreia do amor nem da solidariedade.
Porque você foi vítima da astúcia de alguns, não seja amargo nem pessimista para com todos.
Porque demore de chegar a colheita dos resultados dos seus labores, não deixe de semear a esperança e o bem em todo lugar.
Porque a vitória aparente da desonestidade corroem alguns, não desanime no dever moral.
Porque muitos caminhem abraçados à insensatez, não se recuse ao exercício da ordem.
Porque muitos se digam em crise, diante de um mundo que afirmam estar em desagregação, não ofereça forças à balbúrdia e à agressividade.
O bem não receia o mal, que é transitório.
O otimismo não se abate ante a agressão do desânimo, que é passageiro.
A luz não sucumbe ante a treva, que logo se dilui.
De forma alguma vitalize o lado negativo das coisas, das questões, das pessoas, da vida...
Você pode modificar suas paisagens morais e as do próximo, abraçado à certeza da mensagem do Cristo em triunfo, hoje lhe abrasando a vida.
Marco Prisco / Médium Divaldo Franco
Livro: Sementes de Vida Eterna

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ave Maria / Harpa Cristã / Musicas para relaxamento do corpo e da mente



Ódio e suicídio – Joanna de Ângelis

Herdeiro de si mesmo, carregando, no inconsciente, as experiências transatas, o homem não foge aos atavismos que o jungem ao primitivismo, embora as claridades arrebatadoras do futuro chamando-o para as grandes conquistas.
Liberar-se do forte cipoal das paixões animalizantes para os logros da razão é o grande desafio que tem pela frente. Onde quer que vá, encontra-se consigo mesmo. A sua evolução sócioantropológica é a história das contínuas lutas, em que o artista — o Espírito — arranca do bloco grotesco — a matéria — as expressões de beleza e grandiosidade que lhe dormem imanentes.
Os mitos de todos os povos, na história das artes, das filosofias e das religiões, apresentam a luta contínua do ser libertando-se da argamassa celular, arrebentando algemas para firmar-se na liberdade que passa a usar, agressivamente, no começo, até converter-se em um estado de consciência ética plenificador, carregado de paz. Em cada mito do passado surge o homem em luta contra forças soberanas que o punem, o esmagam, o dominam. Gerado o conceito da desobediência, o reflexo da punição assoma dominador, reduzindo o calceta a uma posição ínfima, contra a qual não se pode levantar, sequer justificar a fragilidade.
Essa incapacidade de enfrentar o imponderável — as forças desgovernadas e prepotentes — mais tarde se apresenta camuflada em forma de rebelião inconsciente contra a existência física, contra a vida em si mesma. Obrigado mais a temer esses opressores, do que a os amar, compelido a negociar a felicidade mediante oferendas e cultos, extravagantes ou não, sente-se coibido na sua liberdade de ser, então rebelando-se e passando a uma atitude formal em prejuízo da real, a um comportamento social e religioso conveniente ao invés de ideal, vivendo fenômenos neuróticos que o deprimem ou o exaltam, como efeitos naturais de sua rebelião íntima.
Ao mesmo tempo, procurando deter os instintos agressivos nele jacentes, sem os saber canalizar, sofre reações psicológicas que lhe perturbam o sistema emocional. O ressentimento — que é uma manifestação da impotência agressiva não exteriorizada — converte-se em travo de amargura, a tornar insuportável a convivência com aqueles contra os quais se volta.
Antegozando o desforço — que é a realização íntima da fraqueza, da covardia moral — dá guarida ao ódio que o combure, tornando a sua existência como a do outro em um verdadeiro inferno.
O ódio é o filho predileto da selvageria que permanece em a natureza humana. Irracional, ele trabalha pela destruição de seu oponente, real ou imaginário, não cessando, mesmo após a derrota daquele.
Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra o opositor, volta-se contra si mesmo articulando mecanismos de autodestruição, graças aos quais se vinga da sociedade que nele vige.
Os danos que o ódio proporciona ao psiquismo, por destrambelhar a delicada maquinaria que exterioriza o pensamento e mantém a harmonia do ser, tornam-se de difícil catalogação.
Simultaneamente, advêm reações orgânicas que se refletem nas funções hepáticas, digestivas, circulatórias, dando origem a futuros processos cancerígenos, cardíacos, cerebrais...
A irradiação do ódio é portadora de carga destrutiva que, não raro, corrói as engrenagens do emissor como alcança aquele contra quem vai direcionada, caso este sintonize em faixa de equivalência vibratória.
Lixo do inconsciente, o ódio extravasa todo o conteúdo de paixões mesquinhas, representativas do primarismo evolutivo e cultural.
Algumas escolas, na área da psicologia, preconizam como terapia, a liberação da agressividade, do ódio, dos recalques e castrações, mediante a permissão do vocabulário chulo, das diatribes nas sessões de grupo, das acusações recíprocas, pretendendo o enfraquecimento das tensões, ao mesmo tempo a conquista da auto-realização, da segurança pessoal.
Sem discutirmos a validade ou não da experiência, o homem é pássaro cativo fadado a grandes vôos; ser equipado com recursos superiores, que viaja do instinto para a razão, desta para a intuição e, por fim, para a sua fatalidade plena, que é a perfeição.
Uma psicologia baseada em terapêutica de agressão e libertação de instintos, evitando as pressões que coarctam os anseios humanos, certamente atinge os primeiros propósitos, sem erguer o paciente às cumeadas da realização interior, da identificação e vivência dos valores de alta monta, que dão cor, objetivo e paz à existência.
Assumir a inferioridade, o desmando, a alucinação é extravasá-los, nunca sanar o mal, libertar-se dele por desnecessário.
Se não é recomendável para as referidas escolas, a repressão, pelos males que proporciona, menos será liberar alguns, aos outros agredindo, graças aos falsos direitos que tais pacientes requeiram para si, arremetendo contra os direitos alheios.
A sociedade, considerada como castradora, marcha para terapias que canalizem de forma positiva as forças humanas, suavizando as pressões, eliminando as tensões através de programas de solidariedade, recreio e serviços compatíveis com a clientela que a constitui.
O ódio pressiona o homem que se frustra, levando-o ao suicídio. Tem origens remotas e próximas.
Nas patologias depressivas, há muito fenômeno de ódio embutido no enfermo sem que ele se dê conta. A indiferença pela vida, o temor de enfrentar situações novas, o pessimismo disfarçam mágoas, ressentimentos, iras não digeridas, ódios que ressumam como desgosto de viver e anseio por interromper o ciclo existencial.
Falhando a terapia profunda de soerguimento do enfermo, o suicídio é o próximo passo, seja através da negação de viver ou do gesto covarde de encerrar a atividade física. Todos os indivíduos experimentam limites de alguma procedência. Os extrovertidos conquistadores ocultam, às vezes, largos lances de timidez, solidão e desconfiança, que têm dificuldade em superar.
Suas reuniões ruidosas são mais mecanismos de fuga do que recursos de espairecimento e lazer. Os alcoólicos que usam, as músicas ensurdecedoras que os aturdem, encarregam-se de mantê-los mais solitários na confusão do que solidários uns com os outros. As gargalhadas, que são esgares festivos, substituem os sorrisos de bem-estar, de satisfação e humor, levando-os de um para outro lugar-nenhum, embora se movimentem por cidades, clubes e reuniões diversos. O ser humano deve ter a capacidade de discernimento para eleger os valores compatíveis com as necessidades reais que lhe são inerentes.
Descobrir a sua realidade e crescer dentro dela, aumentando a capacidade de ser saudável, eis a função da inteligência individual e coletiva, posta a benefício da vida.
As transformações propõem incertezas, que devem ser enfrentadas naturalmente, como as oposições e os adversários encarados na condição de ocorrências normais do processo de crescimento, sem ressentimentos, nem ódios ou fugas para o suicídio.
O homem que progride cada dia, ascende, não sendo atingido pelas famas dos problematizados que o não podem acompanhar, por enquanto, no processo de crescimento.
Alcançado o acume desejado, este indivíduo está em condições de descer sem diminuir-se, a fim de erguer aquele que permanece na retaguarda.
Ora, para alcançar-se qualquer meta e, em especial, a da paz, torna-se necessário um planejamento, que deflui da autoconsciência, da consciência ética, da consciência do conhecimento e do amor,
O planejamento precede a ação e desempenha papel fundamental na vida do homem.
Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibrada, sem vestígios de ódio, desejo de desforço, podem planejar para o bem, o êxito, a felicidade.
Livro: O HOMEM INTEGRAL.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

NOSSA VIDA MENTAL - ANDRÉ LUIZ.


As almas ingressam nas responsabilidades que procuram para si mesmas.
Segundo talhamos o nosso perfil moral, angariamos os favores das oportunidades de serviço diante das Leis Universais.
Ninguém foge aos estigmas da viciação com que sulca a estrutura da própria vida. Paz significa vitória da mente sobre os seus próprios atributos.
Resguardemos, assim, a vida mental, na certeza de que o teor da nossa meditação condiciona a altura da nossa tranqüilidade.
Nada ocorre conosco sem resultado específico.
Teimosia no erro – conta agravada.
Ausência de disciplina – débito permanente.
Remorso – aviso da consciência.
Multiformes ocorrências no mundo interior anunciam constantemente o clima de nossa escolha.
A tempestade é precedida dos indícios inequívocos que lhe configuram a extensão.
De igual modo, através da análise real de nós mesmos, encontramos o exato esboço das futuras experiências. À vista disso, ate a luz do Evangelho, ninguém desconhece a essência do destino que se lhe desdobra ao porvir.
A justiça da Lei tem base na matemática. E quem possui parcelas determinadas pode ajuizar perfeitamente quanto à soma daquilo ou disso.
Entrega-te, pois, a novos haustos de esperança e supera as próprias limitações, atendendo aos apelos do amor que ecoam da Altura.
Reúne humildade e serviço, simplicidade e perdão, estudo e caridade, bondade e tolerância, no esforço de cada dia, e com, semelhantes, fragmentos de amor e luz levantarás o templo divino de tuas mais belas aspirações, diante da Eternidade.
Livro: Ideal Espírita.
Diversos Espíritas.
Chico Xavier e Waldo Vieira.

A festa - Hilário Silva

Cap. IX – Item 7.
O Evang. Seg. o Espiritismo – Allan Kardec.
          Era homem de meia-idade.
Chamava-se Frederico Manuel de Ávila.
Comerciante progressista. Espírita há dois lustros, buscava pautar a existência pelo
Evangelho renovador.
Contudo, era sempre afobado.
Raro se detinha para examinar um problema maior.
Impaciente. Precipitado. Febricitante.
Várias vezes fora admoestado para reduzir a marcha da própria vida.
Amigos aconselharam. Espíritos advertiram.
Tudo inútil.
Certo dia, demorando-se mais no escritório, voltou ao lar, quase noitinha, acelerado como de hábito.
De posse da chave, abriu a porta e entrou.
Percorria o corredor para chegar a uma das salas, quando nota um vulto caminhando para ele, a toda pressa, na penumbra...
Surpreendido e amedrontado, ante a figura estranha, julgou-se à frente de algum amigo do alheio e volveu sobre os próprios passos, em corrida aberta.
Na fuga, porém, tropeça num canteiro do jardim e cai, gritando, estentórico.
Os gritos atraem vizinhos, pressurosos, que o encontram desmaiado.
É conduzido ao hospital próximo.
Frederico fraturara uma perna...
Mais tarde, volta a casa com a perna engessada.
Na intimidade da família, foi compelido a lembrar-se de que aniversariava naquele dia... E tudo ficou esclarecido.
Como se demorasse em serviço, os parentes quiseram surpreendê-lo no trabalho, verificando-se o desencontro.
A esposa e os filhos, para recepcioná-lo alegremente, em festa íntima, alteraram as disposições dos móveis do interior da casa.
E só então pôde compreender que o vulto, que o assustara, era ele mesmo refletido no grande espelho da parede da sala de jantar que fora mudado de posição...
Livro: O Espírito da Verdade.
Diversos Espíritos.
Chico Xavier e Waldo Vieira.

terça-feira, 29 de julho de 2014

NECESECO / NECESSIDADE

NECESECO
 218. – Ĉu la doktrina propagando, celanta la multobligon de prozelitoj estas ja la tuja neceseco de Spiritismo?
– Neniel. La direktado de Spiritismo, en ĝia karaktero de reviviĝinta Evangelio, apartenas la la Kristo kaj ties komisiitoj, antaŭ ĉia homa diligenteco, fragila kaj pereema.
La tuja neceseco de la spiritistaj rondoj estas tiu de scio kaj aŭtentika apliko de la Evangelio fare de ĉiuj, kiuj batalas en ĝiaj vicoj, avidaj je siaj prilumo kaj evoluo. La unuopa laboro pro la prilumo de si mem devas esti konstanta kaj metoda. La fenomenoj vekas la spiriton dormantan en la karno sed ili ne liveras la internajn lumojn atingeblajn sole nur per grandaj individuaj peno kaj laboro. La parolo de la gvidantoj kaj mentoroj el Transmondo instruas, sed ĝi ne povas esti definitivaj elementoj de elaĉetoj, kies efektivigo postulas de ĉiu homo sanktigajn oferojn kaj rezignojn, ĉe la peniga lernado de la vivo.
219. – Ĉe la spiritistaj laboroj, kie ni trovu la ĉefan fonton de instruo, kiu nin orientu al la prilumado? Ĉu ni povos atingi ĝin per la mesaĝoj de niaj karaj estuloj, aŭ nur per la fakto, ke ni konservas en la koro la valoron de la kredo?
– Sennombraj filozofoj resumis la tezojn kaj konkludojn de Spiritismo en ties filozofia, scienca kaj religia aspektoj.
Por la interna prilumo tamen vi nur havas en la mondo la Evangelion de la Sinjoro, kiun nenia doktrina gvidlibro povos superi.
Cetere, en siaj kristanaj valoroj Spiritismo ne havas pli grandan celon ol tiun restarigi la evangelian veron por la senesperaj, nekredemaj koroj.
Neesksplikeblaj teorioj kaj fenomenoj ekzistis ĉiam en la mondo. La doktrinaj verkistoj kaj scienculoj povos utiligi siajn sciojn ĉe la konstruado de novaj formuloj por la surteraj filozofioj, sed la definitiva verko de Spiritismo estas tiu de la edifado de la profunda konscienco laŭ la Evangelio de Jesuo Kristo.
La nevidebla sfero povos alporti al vi la kortuŝajn kaj konvinkajn mesaĝojn de viaj karuloj; vi povos gardi en via impresa mondo la plej altajn kredprincipojn. Tiu tamen estas la penado, la realigo de la doktrina meĥanismo, aganta ĉe via personeco. Sole nur la laboro de memevangelizo estas tamen firma kaj nepereema. Sole nur la individua diligenteco en la Evangelio de Jesuo povas prilumi, nobligi kaj elaĉeti la spiriton, ĉar, post via edifado per la ekzemploj de la Majstro, vi atingos tiun veron, kiu faros vin libera.
220. – Ĉu estas ia diferenco inter kredo kaj prilumado?
– Ĉiuj homoj sur la Tero, eĉ la materialistoj mem, kredas ion. Sed estas tre malmultaj tiuj, kiuj prilumiĝas. Kiu kredas, tiu nur akceptas; sed kiu prilumiĝas, tiu vibras kaj sentas.
La unua dependas de la eksteraj elementoj, en kiuj li metas la objekton de sia kredo; la dua estas libera de la eksteraj influoj, ĉar estas multe da lumo en lia propra interno, tiamaniere ke li kuraĝe triumfos ĉe la provoj, al kiuj li estis kondukita en la mondo.
Tial la sinceraj spiritistoj devas kompreni, ke ne estas sufiĉe kredi la fenomenon aŭ la aŭtentikecon de la komuniko kun la Transmondo, por ke iliaj sanktaj devoj estu perfekte plenumitaj, ĉar la ĉefa kondiĉo estas la diligento, la laboremo, la sereneco ĉe la provoj de la vivo, la sinofero, tiel ke ili plene komprenu la ekzempladon de Jesuo Kristo, serĉante la Dian Lumon por la plenumado de ĉiuj siaj laboroj en la mondo.
221. – Ĉu la racia analizo povas definitive helpi ĉe la laboro de nia spirita prilumado?
– Estas certe, ke la homo ne povas flanken meti la racion por venki en la tasko konfidita al lia diligenteco, dum la vivo; estas necese tamen konsideri, ke jam de longaj jarcentoj tiu racio estas prilaborata de ĉiaspecaj malvirtoj, sur la Tero.
Plenan konfirmon pri tiu aserto ni havas en la eŭropa ultraracionalismo, kies progresa evolupozicio ankoraŭ nun ne hezitis inter la paco kaj la milito, inter la rajto kaj la forto, inter la ordo kaj la agreso.
Pli ol ĉie ajn en la terglobo, la homa racio tie sin altigis al la plej altaj kulminoj de efektivigo, kaj tamen, malekvilibrita pro manko de sento, ĝi revivigas la sovaĝecon kaj la krimon, malgraŭ la pompo de la civilizacio.
Ni do konfesas, ke en ĉi tiu momento de la terglobo ĉia prilumado de la homo nepre naskiĝos prefere el la sento. Por zorgi pri la aŭtentikaj valoroj de la koro, la senespera saĝulo el la mondo devas sin turni al Dio kiel humila infano, ĉar nur per la reeduko de sento, per propra klopodo, oni povos atendi la sopiratan pliboniĝon de la homoj.
Libro: La Konsolanto.
Emmanuel / Chico Xavier.
NECESSIDADE
218 – A propaganda doutrinária para a multiplicação dos prosélitos é a necessidade imediata do Espiritismo?
De modo algum. A direção do Espiritismo, na sua feição do Evangelho redivivo, pertence ao Cristo e seus prepostos, antes de qualquer esforço humano, precário e perecível. A necessidade imediata dos arraiais espiritistas é a do conhecimento e aplicação legítima do Evangelho, da parte de todos quantos militam nas suas fileiras, desejosos de luz e de evolução. O trabalho de cada uma na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado. Os fenômenos acordam o espírito adormecido na carne, mas não fornecem as luzes interiores, somente conseguidas à custa de grande esforço e trabalho individual. A palavra dos guias e mentores do Além ensina, mas não pode constituir elementos definitivos de redenção, cuja obra exige de cada um sacrifícios e renúncias santificantes, no laborioso aprendizado da vida.
219 – Nos trabalhos espiritistas, onde poderemos encontrar a fonte principal de ensino que nos oriente para a iluminação? Poderemos obtê-la com as mensagens de nossos entes queridos, ou apenas com o fato de guardarmos o valor da crença no coração?
Numerosos filósofos há compreendido as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filosófico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tende no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.
Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus-Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livre.
220 – Há alguma diferença entre a crença e a iluminação?
Todos os homens da Terra, ainda os próprios materialistas, crêem em alguma coisa. Todavia, são muito poucos os que se iluminam. O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente. O primeiro depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto a sua crença; o segundo é livre das influências exteriores, porque há bastante luz no seu próprio íntimo, de modo a vencer corajosamente nas provações a que foi conduzido no mundo.
É por essa razão que os espiritistas sinceros devem compreender que não basta acreditar no fenômeno ou na veracidade da comunicação com o Além, para que os seus sagrados deveres estejam totalmente cumpridos, pois a obrigação primordial é o esforço, o amor ao trabalho, a serenidade nas provas da vida, o sacrifício de si mesmo, de modo a entender plenamente a exemplificação de Jesus-Cristo, buscando a sua luz divina para a execução de todos os trabalhos que lhes competem no mundo.
221 – A análise pela razão pode cooperar, de modo definitivo, no trabalho de nossa iluminação espiritual?
- É certo que o homem não pode dispensar a razão para vencer na tarefa confiada ao seu esforço, no círculo da vida; contudo, faz-se mister considerar que essa razão vem sendo trabalhada, de muitos séculos no planeta, pelos vícios de toda sorte.
Temos plena confirmação deste asserto no ultra-racionalismo europeu, cuja avançada posição evolutiva, ainda agora, não tem vacilado entre a paz e a guerra, entre o direito e a força, entre a ordem e a agressão.
Mais que em toda parte do orbe, a razão humana ali se elevou às mais altas culminâncias de realização e, todavia, desequilibrada pela ausência do sentimento, ressuscita a selvageria e o crime, embora o fausto da civilização.
Reconhecemos, pois, que na atualidade do orbe toda iluminação do homem há de nascer, antes de tudo, do sentimento. O sábio desesperado do mundo deve volver-se para Deus como a criança humilde, para cuidar dos legítimos valores do coração, porque apenas pela reeducação sentimental, nos bastidores do esforço próprio, se poderá esperar a desejada reforma das criaturas.
Livro: O Consolador.
Emmanuel / Chico Xavier.

La nekomprenado de la judismo / A INCOMPREENSÃO DO JUDAÍSMO.

La nekomprenado de la judismo
Sed estas vero, ke Jesuo, alveninte en la mondon, ne estis absolute komprenata de la juda popolo. La sacerdotoj ne atendis, ke la Redemptoro uzos la plej malluman noktan horon por aperi sur la Tero. Laŭ ilia vidpunkto, la Sinjoro devos alveni en la pompa ĉaro de siaj diaj gloroj, kondukataj de sia legio da Tronoj kaj Anĝeloj, de el la Ĉielo sur la Teron; devos humiligi ĉiujn reĝojn en la mondo, donante al Izraelo la plej altan reĝan potencon por direktado de ĉiuj popoloj sur nia planedo; devos fari ĉiujn mirindaĵojn, nebuligante la gloron de la Cezaroj. Kaj tamen la Kristo aperis inter la humilaj brutoj ĉe la staltrogo; Li montriĝis kiel filo de iu ĉarpentisto kaj, en la plenumado de sia misio de amo kaj humileco, Li protektis la malĉastistinojn, miksiĝis kun la malriĉuloj kaj humiligitoj, vizitis suspektajn domojn por el tie elpreni siajn helpantojn kaj sekvantojn; liaj preferindaj kunuloj estis la malkleraj kaj humilaj fiŝkaptistoj, el kiuj Li faris apostolojn tre amatajn. Forlasinte la templojn de la Leĝo, Li ofte estis renkontata laŭlonge de Tiberiado, sur kies bordoj Li predikadis al la simpluloj fratecon kaj amon, saĝecon kaj humilecon. La judismo saturita de fiero ne sukcesis kompreni la agadon de la ĉiela sendito. Malgraŭ sia fervora kaj sincera kredo, Izraelo ne sciis, ke la tuta savo devas komenciĝi en la interno de ĉiu homo, kaj plenuminte la profetaĵojn de siaj propraj idoj, ĝi kondukis la dian Ŝafidon al la turmentegoj sur la kruco.
Libro: Sur Vojo al la Lumo.
Emmanuel / Chico Xavier.
A INCOMPREENSÃO DO JUDAÍSMO.
A verdade, porém, é que Jesus, chegando ao mundo, não foi absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem terrestre. Segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar no carro magnificente de suas glórias divinas, trazido do Céu à Terra pela legião dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a Israel o cetro supremo na direção de todos os povos do planeta; deveria operar todos os prodígios, ofuscando a glória dos Césares. E, no entanto, o Cristo surgira entre os animais humildes da manjedoura; apresentava-se como filho de um carpinteiro e, no cumprimento de sua gloriosa missão de amor e de humildade, protegia as prostitutas, confundia-se com os pobres e com os humilhados, visitava as casas suspeitas para de lá arrancar os seus auxiliares e seguidores; seus companheiros prediletos eram os pescadores ignorantes e humildes, dos quais fazia apóstolos bem-amados.  
Abandonando os templos da Lei, era frequentemente encontrado ao longo do Tiberíades, em cujas margens pregava aos simples a fraternidade e o amor, a sabedoria e a humildade. O judaísmo, saturado de orgulho, não conseguiu compreender a ação do celeste emissário. Apesar da crença fervorosa e sincera, Israel não sabia que toda a salvação tem de começar no íntimo de cada um e, cumprindo as profecias de seus próprios filhos, conduziu aos martírios da cruz o divino Cordeiro.
Livro: A Caminho da Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.

Ricamente - Emmanuel

"A palavra do Cristo habite em vós, ricamente..." Paulo / COLOSSENSES, 3:16.
Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação.
Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.
Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando reptos e solicitando reparações.
Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao lamaçal do desencanto.
Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?
Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?
Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à desesperação?
Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?
A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.
Segunda a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.
Livro: Fonte Viva.
Emmanuel / Chico Xavier

domingo, 27 de julho de 2014

A Luxúria - Rodolfo Calligaris

Entre os chamados “pecados capitais” do gênero humano, nenhum outro há sido tão condenado quanto a luxúria, considerando-se tal todos os abusos e extravagâncias sexuais.
Trata-se, com efeito, de um vício de conseqüências terrivelmente danosas: gera enfermidades, avilta caracteres, produz loucuras, inspira crimes, arruína lares, destrói civilizações.
Em toda a face da terra, milhões de indivíduos, diariamente, são por ele levados ao desmantelamento físico, mental e espiritual, contaminando-se, portanto, um flagelo da humanidade.
Lamentàvelmene, porém, até aqui, muito se tem falado e escrito sobre sexo, mas apenas para exprobrá-lo e apontar-lhe os aspectos escabrosos, negativos, quando fora de maior proveito explicá-lo, à luz da Ciência, realçar-lhe as nobilíssimas funções, educando as criaturas para que o não pervertam, antes o utilizem qual precioso instrumento de equilíbrio psicossomático, como de fato o é.
O Espiritismo, trazendo novas luzes sobre o assunto, esclarece-nos que o sexo é faculdade criadora da alma, a serviço do Amor, sendo os órgãos genitais masculinos e femininos apenas o seu aparelhamento de exteriorização, assim como os olhos o são para a vista, o cérebro para o pensamento etc. (No Mundo Maior, cap. XI – André Luiz / Chico Xavier).
Tal faculdade, a principio, manifesta-se, assim, como mero desejo, satisfazendo-se com a posse. Isso, todavia, é apenas o primeiro estágio de um processo evolutivo que deve alcançar a sublimação, transformando-se, gradativamente, em simpatia, carinho, devotamento, renúncia e sacrifício.
Aqui na terra, é enorme o número daqueles que se demoram em expressar amor exclusivamente através do ato sexual.
Outros, conquanto se tenham adiantado um pouco, conhecendo a simpatia e o carinho, são, no entretanto, mui ciumentos, demonstrando que o egoísmo ainda impera em seus corações.
Uns poucos ascenderam, já, à face do amor-devotamento, em que o amante vive mais para os seres amados do que para si mesmo, havendo igualmente, posto que raros, os que, por amor, são capazes dos mais belos gestos de renúncia.
Quanto ao amor-sacrifício, só o encontramos nos santos. Sua exemplificação máxima é a que nos foi dada por Jesus.
Assim, entre o amor inconsciente e animalizado do bruto, e o amor divinizado do Cristo, há uma longa e gloriosa trajetória, ou seja, todo um aprendizado de autodomínio, disciplina, responsabilidade, abnegação e ternura, a demandar de cada alma, experiências cruciantes e purificadoras, que só em milênios, vida após vida, se logrará cumprir.
Auxiliemos, então, todos os que, situados nos primeiros degraus da Sabedoria, padecem as angústias do sexo, ensinando-lhes que a felicidade verdadeira não se obtém tão somente com o comprazimento do instinto.
Embora a muitos custe crer, o sexo é, como dissemos acima, uma faculdade da alma e não do corpo físico, oferecendo-nos vastos horizontes e mundos sempre novos, em que expandirmos novos anseios de amar e ser amados. Pode, pois, cada qual, dar vazão aos seus impulsos e descarregar suas tensões em várias atividades nobres, canalizando suas energias para as funções da mente e do coração.
Oportuno, nesta altura, desfazer o equivoco de que a contenção do ato sexual, praticada em nome de um ideal de pureza, venha a constituir-se causa de recalques e frustrações capazes de gerar perturbações neuróticas.
A psicologia moderna afirma, ao contrário, que a disciplina moral é absolutamente necessária para a saúde física e mental do homem, o que vale dizer, para a sua integração e paz interior.
Urge, pois, afastar nosso pensamento da lubricidade, desvencilhar-nos das malhas do instinto e, inspirados no amor cristão, buscarmos, em cada dia da vida, burilar nossos sentimentos, aperfeiçoando-lhes as manifestações.
Estudar ou escrever páginas edificantes, esculpir ou pintar uma obra de arte, cantar ou executar uma peça musical, assim como dedicar-nos a uma instituição de amparo à infância abandonada ou à velhice desvalida, socorrer os enfermos, prover às necessidades da pobreza, eis alguns dos excelentes meios de que podemos valer-nos, no sentido de aprimoramento de nossas forças criadoras.
Utilizando-os estaremos realizando nossa libertação espiritual, aproximando-nos cada vez mais da unidade e da harmonização com Deus.
Livro: Páginas do Espiritismo Cristão.
Rodolfo Calligaris.

ESCOLAS DIFERENTES - Miramez

0176/LE
Os mundos são escolas diferentes, porém, ensinando a mesma lição de amor e movimentando as criaturas para o mesmo conhecimento da verdade.
Espíritos que viveram na Terra podem continuar a viver reencarnados em outros mundos, desde quando precisem das lições ali ministradas. Da mesma forma, Espíritos que viveram em outros mundos poderão viver na Terra, aprendendo algo que ainda não podem assimilar em outras pátrias do universo, ou como emissários de Deus destinados a ensinarem o que aprenderam em outras escolas universais. A criação de Deus a Ele pertence e a ordem é: fraternidade entre os filhos do Seu coração.
Existem Espíritos que começaram seu crescimento neste planeta; outros estão chegando nele agora, enquanto outros mais já saíram dele para diversas experiências. As vivências dos filhos de Deus são incontáveis em todos os mundos habitados; são trocas de noções sobre a vida, e essa troca incessante é inspirada pelo amor, capaz de despertar o sentimento de irmandade em todas as criaturas. Devemos reconhecer que somente a convivência entre os Espíritos os capacitam para a verdadeira amizade, tornando mais fácil o amor a Deus e ao próximo.
Muitos desejam saber como conhecer o Espírito que está neste globo pela primeira vez, e quais os indícios pelos quais poderemos perceber o Espírito que tem como morada desde o seu princípio. Como foi respondido ao codificador do Espiritismo, esse assunto não leva a nada e não devemos perder tempo com assuntos mortos, pois temos muito que aprender acerca da vida, dos meios que nos levam ao progresso e à fé, à alegria pura e a nossa própria libertação.
Precisamos, acima de muitas coisas, saber perguntar aos nossos mestres, que eles tenham o prazer de nos responder, educando-nos. Para nós, todos os minutos e segundos são aulas diferentes, que nos convidam ao aprendizado e ao aprimoramento espiritual. Perder tempo, não pode ser condição do homem em Cristo. Se o Espírito está na Terra, deve aproveitar as coisas da Terra, no que ela nos mostra de educativo. Ela é um grande educandário, onde o Mestre dos mestres se encontra vigilante, atendendo a todos, mesmo que uns não reconheçam a luz do Seu magnânimo coração.
Quando os homens se prepararem na condição de alunos mais adiantados, Deus conceder-lhes-á, mesmo na carne, viagens em várias escolas espirituais e em mundos compatíveis com as suas necessidades, para a troca de experiências, entre irmãos de diferentes mundos, diferentes na forma de vida, mas com os mesmos ideais de amor. Dessa relação, surgirá a compreensão do valor da Divindade, ainda pouco compreendida na atual situação espiritual. A casa do Pai é muito grande, e ele deseja que Seus filhos possam conhecê-la e desfrutar de todas as regalias, porque a felicidade é para todos, desde quando a compreendam e saibam desfrutá-la, obedecendo às leis que a regulam na vigência da justiça e do amor.
Livro: Filosofia Espírita. Vol. IV
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Encarnação nos diferentes mundos
176. - Depois de haverem encarnado noutros mundos, podem os Espíritos encarnar neste, sem que jamais aí tenham estado?
Sim, do mesmo modo que vós em outros. Todos os mundos são solidários: o que não se faz num faz-se noutro.
176a) - Assim, homens há que estão na Terra pela primeira vez?
Muitos, e em graus diversos de adiantamento.
176b) - Pode-se reconhecer, por um indício qualquer, que um Espírito está pela primeira vez na Terra?
Nenhuma utilidade teria isso.

A PERDA IRREMEDIÁVEL - Emmanuel


"Portanto, vede como andais..." – Paulo /Efésios, 5:15
Aprende a ver com o Cristo as dificuldades e as dores que te rodeiam, a fim de não empobreceres o próprio coração à frente dos tesouros com que o Senhor nos enriquece a vida.
Muitas vezes, a calúnia que te persegue é a força que te renova à resistência para a vitória no bem e, quase sempre, a provação que te sitia no cárcere do infortúnio é apenas o aprendizado benéfico a soerguer-te das trevas para a luz.
Em muitas ocasiões, a mão que te nega o alimento transforma-se em apelo ao trabalho santificante através do qual encontrarás o pão abençoado pelo suor do próprio rosto e, por vezes numerosas, o obstáculo que te visita, impiedoso, é simples medida da esperança e da fé, concitando-te a superar as próprias fraquezas.
O ouro, na maioria dos casos, é pesada cruz de aflição nos ombros daqueles que o amealham e a evidência no mundo, freqüentemente, não passa de ergástulo em que a alma padece de angustiosa solidão.
Descerra a própria alma à riqueza divina, esparsa em todos os ângulos do campo em que se te desdobra à existência e incorporemo-la aos nossos sentimentos e idéias, palavras e ações, para que todos os que nos palmilham a senda se sintam ricos de paz e confiança, trabalho e alegria.
Lembra-te de que a morte, por meirinho celeste, tomará contas a cada um.
Recorda que os mordomos da fortuna material, tanto quanto as vítimas da carência de recursos terrestres, sábios e ignorantes, sãos e doentes, felizes e infelizes comparecerão ao acerto com a justiça indefectível, e guarda contigo a certeza de que a única flagelação irremediável é aquela do tempo inútil, na caminhada humana, porque afetos e haveres, oportunidades e valores, lições e talentos voltam, de algum modo, às nossas mãos, através das reencarnações incessantes, mas a hora perdida é um dom de Deus que não mais voltará.
Livro: Ceifa de Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.

sábado, 26 de julho de 2014

TRI REĜOJ


Tri reĝoj, jen rajdante sur kameloj, 
Direktas sin al nekonata loko... 
Brilega lum’, lumanta pli ol steloj, 
Saĝuloj gvidas laŭ ĉiela voko. 

En manoj mirho, oliban’ kaj oro, 
Decaj donacoj por naskita reĝo; 
Sed pli profunde, en batanta koro, 
Tronas obeo al supera Leĝo. 

Adorkliniĝas potenculoj! Kio 
Pli bela estus, ol genu’ sur tero! 
Nura infano, sed sendit’ de Dio, 
Reĝ’ inter reĝoj, de l’ Ĉiel’ fajrero! 

Ho, se ni estus tiaj homoj saĝaj! 
Konstante stelo montras Bet–Leĥemon, 
Sed, se la tempo faras nin pli aĝaj, 
Tamen ni nutras plu la ribelemon... 

Kiel saĝuloj sekvis vin, ho stelo, 
Tiel vi lumu ĉiam super ni; 
Kie vi brilas – tie bon’ kaj belo, 
Kie vi staras – tie loĝas Di’! 

6/1/1961 / J. CRUZ E SOUZA
Livro: Mediuma Poemaro.
Porto Carreiro Neto.