Altíssimo,
onipotente, bom Senhor,
teus são o
louvor, a glória e a honra e toda bênção.
A ti somente,
Altíssimo, são devidos
e homem algum é
digno de te mencionar.
Louvado sejas,
meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente meu senhor o irmão sol
que, com luz,
ilumina o dia e a nós.
E ele é belo e
radiante com grande esplendor:
de ti,
Altíssimo, carrega significação.
Louvado sejas,
meu Senhor, pela irmã luz e as estrelas,
no céu as
formaste claras e preciosas e belas.
Louvado sejas,
meu Senhor, pelo irmão vento
e pelo ar e
nublado e sereno e todo o tempo
pelo qual dás
sustento às tuas criaturas.
Louvado sejas,
meu Senhor, pela irmã água
que é muito útil
e humilde e preciosa e casta.
Louvado sejas,
meu Senhor, pelo irmão fogo
pelo qual
iluminas a noite e ele é belo e fecundo e robusto e forte.
Louvado sejas,
meu Senhor, pela irmã nossa mãe terra que nos sustenta e governa e produz
diversos frutos com coloridas flores e ervas.
Louvado sejas,
meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor
e suportam
enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados
aqueles que sustentam a paz porque por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas,
meu Senhor, pela irmã nossa morte corporal da qual nenhum homem vivente pode
escapar.
Infelizes
aqueles que morrem em pecado mortal; bem-aventurados aqueles que se encontram
em tua santíssima vontade porque a morte segunda não lhes fará mal.
Louvai e
bendizei a meu Senhor e agradecei e servi-o com grande humildade.
São Francisco de
Assis.
Giovanni di
Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de
julho de 1182 1 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália.
Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa
de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais
conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o
hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam
fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à
risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com
os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua
atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação
num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou
aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos.
Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que
impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças
primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
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