No capítulo das
aflições surpreendemos habitualmente as que decorrem de mudanças a que os
acontecimentos do dia-a-dia nos induzem. Dentre as mudanças, porém, que planejamos
e realizamos, mobilizando a nossa própria faculdade de decidir, encontramos aquelas
outras com que não contávamos e que nos surgem pela frente à maneira de pedras esfogueadas
no coração.
Tais crises,
quando aparecem, lembram explosões condicionadas na gleba da existência que, se
compreendidas e aceitas, nos descerram estradas novas para mais altos níveis de
evolução.
Forçoso observar
que a Divina Providência tanto está nas tempestades que purificam a atmosfera
quanto nas provas que nos aperfeiçoam a experiência. Por isso mesmo é preciso admitir
toda transformação considerada menos feliz por bênção dos Poderes Superiores, funcionando
em nosso próprio benefício.
Na maioria das
circunstâncias as doenças são processos de regeneração da saúde; as inibições
do corpo se erigem por recurso de aprimoramento do espírito; o fracasso nos empreendimentos
humanos abre o começo da verdadeira prosperidade; as separações angustiosas se
configuram por cirurgias no campo afetivo, à feição de sofrimento menor, para
que não entremos em sofrimentos maiores em nome do amor; e a própria desencarnação,
na essência, é renovação e refazimento, progresso e vida.
Todos nós, de um
modo ou de outro, somos defrontados por mudanças imprevistas onde quer que nos
achemos.
Se provações
dessa espécie te visitam a alma não esmoreças e nem te revoltes. Perante quaisquer
transformações desagradáveis e dolorosas saibamos, antes de tudo, usar a prece,
rogando a Deus nos auxilie a discernir e aceitar, aproveitar e compreender, a
fim de que a dor, onde surja, nos possa infundir mais ampla visão da vida a
caminho da Vida Maior.
Livro: Mais Luz.
Batuíra / Chico
Xavier.
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