“Individualizar-se
é reconhecer a própria maneira de desenvolver-se pica, emocional e espiritualmente”.
Carl Gustav Jung
definiu individuação como um processo por meio do qual uma pessoa se torna
consciente de sua individualidade.
Individualidade
pode ser definida como o conjunto de atributos que constituem a originalidade,
a unicidade de uma criatura, e que a distinguem de outras tantas; é o somatório
das características inerentes à alma humana. Toda criatura que se individualizou
tornou-se um ser homogêneo, pois não mais procura comparar-se com os outros;
admite sua singularidade.
O ser vivente,
atravessando inúmeras etapas evolutivas através das mais diversas encarnações,
traz consigo uma gama imensa de traços de personalidade acumulados nas vidas
pretéritas, assemelhando-se a verdadeiras "fotocópias do passado".
Por não termos
uma percepção clara de nossa real identidade é que somos escravos da opinião
alheia.
Em determinadas
fases de nossa vida, pensamos ser aquilo que os outros pensam que somos. Somos
dependentes. Em outras, deixamos a dependência e a submissão aos outros e nos
tornamos unicamente vinculados àquilo que pensamos de nós mesmos. Somos
independentes.
Entretanto,
quando tudo sugere tranqüilidade e certeza, surge um vazio existencial; parece
faltar algo de fundamental em nossas vidas e entendemos que estamos ainda na
superfície de nossa intimidade. Aí se inicia a busca mais profunda em nosso
interior - o processo de individuação.
A máscara de
autonomia que usávamos cai e descobrimos que representava apenas um compromisso
entre nós e a sociedade quanto àquilo que alguém aparenta ser: nome, sexo,
nacionalidade, título, profissão ou ocupação. Na realidade, todos esses dados
são verdadeiros; mas, quando se trata de nossa individualidade profunda, eles pouco
representam, pois estão ligados às realizações externas e aos objetivos do ego.
O passo
essencial no processo de individuação é a retirada de nossa máscara ou persona
- personalidade que nós apresentamos aos outros como real, mas que, em muitas
ocasiões, difere consideravelmente da verdadeira. Embora a máscara tenha funções
psicológicas importantes para nossa proteção em certos períodos da vida, ela também
turva e oculta nosso "Eu" real, ou seja, a alma.
Para nos
tornarmos um indivíduo, são necessários o exercício do autoconhecimento e uma
constante auto-observação, para que possamos distinguir com nitidez o que somos
agora e o que fomos ontem, sem querer acomodar todos os pontos de vista das pessoas
com as quais convivemos.
Individualizar-se
é reconhecer a própria maneira de desenvolver-se física, emocional e espiritualmente.
Os Benfeitores
Espirituais enfatizam que as leis divinas "devem ser apropriadas à natureza
de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os
habitam". *
As leis naturais
que dirigem a vida são sábias e justas e agem em cada indivíduo de forma
relativa e não generalizada. A Onipotência Divina leva em conta a imensa
diversidade dos níveis de amadurecimento dos seres humanos; portanto, o juízo é
sempre proporcional ao estágio evolutivo de cada criatura.
Ao nos
identificarmos com nosso "Eu" mais profundo, reconhecemos que somos
Espíritos imortais e, por conseqüência, 'emerge de nossa intimidade uma
consciência liberta do mundo mesquinho, diminuto e pessoal do ego. Aberta a uma
postura ética de participação nos interesses coletivos, a consciência
identifica-se com uma cosmovisão, onde todas as coisas estão ligadas por sutil
e complexa malha de fios invisíveis.
Livro: Prazeres
da Alma.
Hammed /
Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Questão 618 - As
leis divinas são as mesmas para todos os mundos?
A razão diz que
elas devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de
adiantamento dos seres que os habitam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário