Para que a paz
te abençoe a vida, abre as portas íntimas do entendimento a fim de que a misericórdia
se te instale no coração.
Ninguém nega o
mérito da crítica construtiva, nascida nos mananciais da Justiça, contudo, quanto
puderes, deixa que a compreensão nascida do Amor te presida as manifestações.
Conquanto
estejamos todos submetidos aos princípios de causa e efeito, não olvidemos que Deus
é Amor, concedendo-nos os recursos de que careçamos para a integração com as
Leis Universais que nos farão felizes para sempre.
Para que a
misericórdia te ilumine os sentimentos, considera os nossos irmãos, em Humanidade,
pelo lado melhor em que estimariam estar agindo.
Esse companheiro
abandonou as tarefas que lhe competiam na seara do bem, no entanto, provavelmente,
adotou essa medida, não por espírito de infidelidade aos compromissos assumidos
e sim por lhe ter faltado a precisa resistência.
Outro que entrou
na sombra da delinqüência, não terá falhado porque a crueldade lhe dominasse o
espírito, mas por não haver conseguido ainda senhorear a própria natureza, suscetível
de queda, nas tramas da obsessão.
Aquele outro que
desertou das obrigações domésticas, não haverá fugido aos próprios deveres por
falta de amor aos familiares e sim por lhe esmorecerem as forças, no trato com
as responsabilidades da vida.
Outro ainda
deslanchou para esse ou aquele hábito infeliz, não porque assim o desejasse, mas
temendo resvalar na criminalidade a que se sentia impelido pela insistência de
longas tentações.
Deixa que a
misericórdia te auxilie em todas as ocorrências, a fim de que possas tudo interpretar
pelo lado melhor das pessoas e situações do caminho, de modo a que o lado melhor
de teus problemas próprios seja também visto.
Lembremo-nos de
que Deus nos governa a cada um pelas forças da Justiça, mas nos compreende e
espera a todos com o Infinito Amor; de nossa parte, uns diante dos outros, saibamos
igualmente compreender e esperar.
Livro: Calma.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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