sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Se, Porventura

Que objetivo persegues na Vida?
Que vitória pretendes alcançar?
A da posse efêmera, de que a morte, inevitavelmente, te despojará?
Em que concentras os teus esforços?
Na ilusória conquista de status, em que te satisfaças por tão pouco?
Afinal, com quem competes?
Com o teu vizinho, com o teu parente, com o teu amigo?
Nada das coisas que contigo reténs será teu para sempre.
Por mais faças, não evitarás o declínio de tuas forças físicas e de teus reflexos.
Com o que haverás de enfrentar a hora do crepúsculo em tua existência no corpo?
De que se repletam as tuas mãos? De ouro ou de bênçãos?...
Se, porventura, a morte hoje te convocasse, com o que haverias de partir, em demanda aos novos caminhos que te esperam nas sendas do infinito?...
Livro: Dias Melhores.
Irmão José / Carlos A. Baccelli.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Visões da vida - Sufi

Ser feliz ou amargurado depende da forma como se enxerga a vida. Tem gente que vê uma “derrota” como um fracasso inesquecível. Já outros que passaram pelo mesmo tipo de “derrota”, a enxergam como algo passageiro, e mesmo a tomam por estímulo para vencer na próxima oportunidade. Sim! Eles acreditam numa próxima oportunidade! Se alguém tem na consciência que nada na vida é definitivo, até as maiores dores perdem a força e impacto naturais. Aliás, tudo o que é considerado “natural” é relativo. Basta que ajustemos o olhar sobre as coisas do mundo, passando a vê-las sob outros ângulos. Assim, felicidade ou amargura, em grande parte, dependem da forma como se vê a vida. O pior cego é aquele que só enxerga o lado obscuro dos fatos!
Livro: Reflexões.
Sufi / Pablo Salamanca.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Nem Tão Depressa, Nem Tão Devagar – Irmão José.

Nem tão depressa, que te inquietes; nem tão devagar, que te acomodes.
Nem tão depressa, que te precipites; nem tão devagar, que te retardes.
Nem tão depressa, que te agites; nem tão devagar, que te anules.
Nem tão depressa, que sofras; nem tão devagar, que te insensibilizes.
Nem tão depressa, que te agites; nem tão devagar, que te anules.
Nem tão depressa, como se não precisasses dos outros; nem tão devagar, como se não dependesses de ti.
Nem tão depressa, que violente convicções; nem tão devagar, que seja falta de amor ao ideal.
Nem tão depressa, que não se enraíze; nem tão devagar, que não produza frutos.
Nem tão depressa, que seja agora; nem tão devagar, que não seja nunca.
Nem tão depressa, que não vejas acontecer; nem tão devagar, que acontecer não faças.
Nem tão depressa, que não possas; nem tão devagar, que não queiras.
Nem tão depressa, que a doença te acometa; nem tão devagar, que a apatia te domine.
Nem tão depressa e nem tão devagar, fora do ritmo que Deus imprime no aperfeiçoamento de sua própria Obra.
Livro: Dias Melhores.
Irmão José / Carlos A. Bacelli.

Unicamente de Ti – Emmanuel

Diante do serviço do bem, não afirmes “não posso” e não digas “nada sei”.
Lembra-te de que no curso dos dias, a se repetirem no tempo, cada hora pode trazer-nos sempre nova lição.
E há tarefas, na experiência, cuja solução depende unicamente de ti.
Nem dos mestres de teu caminho...
Nem dos amados de tua alma...
Nem dos conselheiros de tua fé...
Nem dos heróis do teu culto...
Nem dos benfeitores desencarnados...
Nem dos amigos que te rodeiam...
Unicamente de ti mesmo...
A sós contigo e ao lado dos credores e devedores de tua marcha...
É o chamamento imperioso da renúncia no lar, é o dever no campo profissional em que os pequenos sacrifícios gravam a ficha de tua honra, é o necessitado a rentear contigo na vida pública, suplicando-te amparo, é o amigo a quem podes pessoalmente desculpar, sempre que haja uma falta a ser esquecida, é a criança que te pede um minuto de apoio, é o espírito em sombra, a rogar-te leve gota de luz, através da palavra tolerante e afetuosa...
Não olvides, assim, que, se há programa de caridade a luzir para todos, há um apelo da Lei de Deus a ti somente, para que exercites a sublime virtude com tua esposa ou com teu esposo, com teu filho ou com teu amigo, com teu desafeto ou com teu devedor...
E, atendendo, em silêncio, ao convite celeste, a que se faça o bem que o mundo em torno espera agora unicamente de ti, acordará, mais tarde, na Beneficência Divina, de coração convertido em astro de entendimento a brilhar para a vida em sereno esplendor.
Livro: Benção da Paz.
Emmanuel / Chico Xavier.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Andar - Emmanuel

Andai em amor... – Paulo / Efésios, 5:2.
O verbo andar não significa unicamente caminhar mas também proceder, agir, existir.
Compreende-se, pois, que cada criatura é conhecida pelo modo de andar.
* * *
Há quem se esmere de forma sacrifical para andar de acordo com a moda, com os hábitos do seu tempo, com os característicos do grupo a que pertence ou na pauta dos preconceitos da sociedade em que vive.
* * *
Em toda parte há processos diferentes de agir.
Determinados costumes do Oriente não são os mesmos do Ocidente, e vice-versa.
Cada povo possui modos de proceder que lhe personalizam a presença no Planeta.
Aqui, a comunidade anda segundo a tradição, mais além, conforme o clima. ... E desde que a boa consciência esteja na base do caminho de cada um, todo estilo de andança é respeitável, mas não nos será lícito esquecer que o Evangelho de Jesus nos oferece modelo imperecível nesse particular. Andai em amor, recomenda-nos o Livro da Vida.
* * *
Estejamos, assim, no passo de nossa época, buscando o progresso e fazendo o melhor ao nosso alcance para elevar o nível espiritual do nosso campo de ação. Contudo, é preciso não olvidar que somente conseguiremos caminhar na direção da felicidade e da paz, servindo-nos mutuamente e amando-nos uns aos outros como Jesus nos amou.
Livro: Benção da Paz.
Emmanuel / Chico Xavier.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Musicas - ABBA

Músicas Espíritas - 6




Vontade e Adversidade – André Luiz.

Realização alguma contribuirá para a felicidade sem que usemos o livre-arbítrio.
A vontade é alavanca do destino. A alavanca, porém, é suscetível de ser movida para um lado ou para outro.
O leme nas mãos do condutor equilibrado guia o barco ao destino; nas do navegante desprevenido, leva-o aos rochedos.
Nem sempre conhecemos o que desejamos.
Sonhamos com a supressão imediata de todas as provações que fustigam a Humanidade.
Entretanto, que seria de nós, ainda carregados de egoísmo e orgulho, se doenças e lutas nos deixassem de repente?
Se a Providência Maior logo atendesse a todas as nossas súplicas, a vida perderia o sentido.
Os pedidos satisfeitos fora de tempo criariam ambições desregradas, levando-nos a desajustamento e loucura.
O benefício de hoje é vantagem quando pode ser benefício amanhã e no futuro.
Por isso, colocou Jesus no Pai Nosso: “seja feita vossa vontade na Terra como nos Céus”.
André Luiz / Waldo Vieira
Livro: Sol nas Almas.

Injustiças – Emmanuel.

A fé que tens, tem-na em ti mesmo perante Deus. – Paulo / Romanos, 14:22.
Momentos existem nos quais surgimos diante de nós mesmos na condição de pessoas injustiçadas.
* * *
Isso não ocorre tão-somente quando somos focalizados na vida pública, em amplos movimentos de opinião. Pequeninos descontentamentos nos visitam com freqüência, no cotidiano, principalmente:
se somos preteridos no direito que acreditamos pertencer-nos;
se somos arredados de vantagens, ao mesmo tempo que somos forçados a prejuízos;
se alvejados por repreensões que não fizemos por merecer;
se espancados moralmente nas provas que no meamos como sendo ingratidões;
se ficamos deserdados da atenção daqueles que julgamos dever-nos apreço e carinho;
se contrariados nos desejos que consideramos oportunos e justos;
se somos incomodados em nossas realizações pela intromissão de criaturas que nos subestimam os interesses;
        se apontados pela crítica. . .
        Nessas ocasiões achamo-nos habitualmente sob a influência de personalidades outras, sejam amigos ou adversários, que não podem ver de imediato as nossas necessidades e questões por nossos olhos e por nossas conveniências.
* * *
Quando isso aconteça, embora a frase de louvor e encorajamento partida de outros em nosso favor seja sempre uma bênção, saibamos perseverar em nosso trabalho com o bem e pelo bem de todos, reconhecendo que há muitas situações na vida em que nos cabe atender, com segurança, à exortação do apóstolo Paulo: A fé que tens, tem-na em ti mesmo perante Deus.
Livro: Benção da Paz.
Emmanuel / Chico Xavier.

domingo, 25 de outubro de 2015

Virtoj kaj malvirtoj / As Virtudes e os Vícios (2)

Virtoj kaj malvirtoj
897. Ĉu homo, kiu faras bonon, ne celante ian rekompencon sur la Tero, sed esperante, ke tiu bono estos al li kreditita en sekvanta ekzistado, kaj ke, tiam, li havos pli bonan pozicion, estas riproĉinda? Ĉu tiu penso malhelpos lian progreson?
Oni devas fari bonon pro karitato, tio estas, abnegacie.
897-a — Tamen ĉiu havas la tre naturan deziron progresi, por sin tiri el la peniga stato de ĉi tiu vivo; la Spiritoj mem instruas nin fari bonon por ĉi tiu celo; ĉu estas do ne konsilinde pensi, ke, farante bonon, oni rajtas esperi pli ol sur la Tero?
Ne, tute certe; sed tiu, kiu faras bonon sen ia kaŝita penso kaj pro la sola plezuro plaĉi Dion kaj sian suferantan proksimulon, staras jam sur progresoŝtupo, kiu ebligos al li atingi feliĉon pli rapide ol lia frato, kiu, pli pozitivema, faras bonon intence, ne instigate de la natura varmo de sia koro.” (894)
897-b — Ĉu oni ne devas, en ĉi tiu rilato, distingi inter bono, kiun oni povas fari al sia proksimulo, kaj la zorgo, kiun oni havas, korekti siajn proprajn malvirtetojn? Ni konceptas, ke fari bonon, esperante, ke ĝi estos kreditita al ni en alia vivo, estas ago nemulte meritiga; sed, ĉu nin korekti, venki niajn pasiojn, plibonigi nian karakteron, celante alproksimiĝi al la bonaj Spiritoj kaj altiĝi, estas ankaŭ signo de malsupereco?
Tute ne; per la vorto bonfaro ni volas esprimi karitaton. Homo, kalkulanta tion, kion ĉiu el liaj bonaj agoj profitigos al li en estonta, aŭ en la surtera vivo, kondutas kiel egoisto; sed ne estas egoismo pliboniĝi, celante alproksimiĝi al Dio, ĉar ĉi tiu estas la celo, kiun ĉiu devas sekvi.
898. Ĉar la enkorpa vivo estas nur momenta haltotempo en ĉi tiu mondo, kaj ĉar nia estonteco devas esti nia ĉefa zorgo, ĉu tial estas utile klopodi, por akiri sciencajn konojn nur pri materiaj aferoj kaj bezonoj?
Sendube; unue, tio havigas al vi rimedojn por helpi viajn fratojn; due, via Spirito pli rapide leviĝos, se li jam intelekte progresis; dum la intertempo de la enkarniĝoj, vi lernas en unu horo tion, kio sur la Tero postulus de vi kelkajn jarojn. Nenia kono estas senutila; ĉiuj pli aŭ malpli kunhelpas por progreso, ĉar la perfekta Spirito devas scii ĉion; kaj, ĉar progreso devas fariĝi laŭ ĉiuj direktoj, tial ĉiuj akiritaj ideoj kunagas por evoluo de la Spirito.
899. El du riĉaj homoj, unu naskiĝis en luksa superabundeco kaj neniam spertis ian bezonon; la dua ŝuldas sian riĉecon al sia laborado; ambaŭ uzas siajn havaĵojn nur kaj sole por sia persona ĝuado: kiu estas la pli kulpa?
Tiu, kiu spertis suferojn, ĉar li jam scias, kio estas sufero; li konas la doloron, kiun li tamen ne mildigas kaj kiun li ofte tute ne memoras.
900. Ĉu tiu, kiu konstante amasigas monon, farante bonon al neniu, estas praviginda pro sia penso, ke tiel li povos postlasi pli da komforto al siaj heredontoj?
Tio estas kompromiso kun malhonesta konscienco.
Libro: La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.
As Virtudes e os Vícios
897. Aquele que faz o bem sem visar a uma recompensa na Terra, mas na esperança de que lhe seja levado em conta na outra vida e que nessa a sua posição seja melhor, é repreensível, e esse pensamento prejudica o seu adiantamento?
— É necessário fazer o bem por caridade, ou seja, com desinteresse.
897-a. Mas cada um tem o desejo muito natural de progredir para sair da situação penosa desta vida. Os Espíritos nos ensinam a praticar o bem com esse fim. Será, pois, um mal, pensar que pela prática do bem se pode esperar uma situação melhor?
— Não, por certo. Mas aquele que faz o bem sem segunda intenção, pelo prazer único de ser agradável a Deus e ao seu próximo sofredor, já se encontra num grau de adiantamento que lhe permitirá chegar mais rapidamente à felicidade do que o seu irmão que, mais positivo, faz o bem por cálculo e não pelo impulso natural do coração. (Ver item 894).
897-b. Não temos de fazer aqui uma distinção entre o bem que se pode fazer ao próximo e o cuidado de lhe corrigir os defeitos? Concebemos que fazer o bem com o pensamento de que nos seja levado em conta na outra vida é pouco meritório; mas emendar-se, vencer as paixões, corrigir o caráter, visando se aproximar dos bons Espíritos e se elevar, será igualmente um sinal de inferioridade?
— Não, não; por fazer o bem não queremos dizer ser caridoso. Aquele que calcula o que lhe pode render cada uma de suas boas ações, na outra vida ou na vida terrena, procede de maneira egoísta. Mas não há nenhum egoísmo em se melhorar com vistas e se aproximar de Deus, pois esse é o objetivo de todos.
898. Desde que a vida corpórea é apenas uma efêmera passagem por este mundo, e que o nosso futuro deve ser a nossa principal preocupação, é útil esforçar-se por adquirir conhecimentos científicos que se referem somente às coisas e necessidades materiais?
— Sem dúvida. Primeiro, isso vos torna capazes de aliviar os vossos irmãos; depois, vosso Espírito se elevará mais depressa se houver progredido intelectualmente. No intervalo das encarnações aprendereis em uma hora aquilo que na Terra demandaria anos. Nenhum conhecimento é inútil; todos contribuem mais ou menos para o adiantamento, porque o Espírito perfeito deve saber tudo e devendo o progresso realizar-se em todos os sentidos, todas as idéias adquiridas ajudam o desenvolvimento do Espírito.
899. De dois homens ricos, um nasceu na opulência e jamais conheceu a necessidade; o outro deve a sua fortuna ao seu próprio trabalho; e todos os dois a empregam exclusivamente em sua satisfação pessoal. Qual deles o mais culpado?
— O que conheceu o sofrimento. Ele sabe o que é sofrer, conhece a dor que não alivia, mas como geralmente acontece, nem se lembra mais dela.
900. Aquele que acumula sem cessar e sem beneficiar a ninguém, terá uma desculpa válida ao dizer que ajunta para deixar aos herdeiros?
— É um compromisso de má consciência.
Livro: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

Motivoj de Rezignacio / Motivos de Resignação (2)

Motivoj de Rezignacio
13. La homo povas mildigi aŭ pligrandigi la amarecon de siaj provoj laŭ la maniero, kiel li rigardas la surteran vivon. Des pli multe li suferas, ju pli longa li vidas la daŭron de la sufero; nu, kiu lokas sin en la vidpunkto de la spirita vivo, tiu ampleksas per unu rigardo la enkorpan vivon; li vidas ĝin kiel punkton en la senlimo, komprenas ĝian mallongecon kaj rekonas, ke tiu dolora momento tre rapide forpasos; la certeco pri proksima estonteco pli feliĉa lin subtenas kaj kuraĝigas, kaj, anstataŭ plendi, li dankas la ĉielon pri la doloroj, kiuj lin progresigas. Kontraŭe, al tiu, kiu vidas nur la enkorpan vivon, ĉi tiu ŝajnas senfina, kaj la doloro pezas sur li per sia tuta pezo. La rezultato de tiu unua maniero rigardi la vivon estas malpliigi la gravecon de la suferoj ĉimondaj, admoni la homon moderigi siajn dezirojn kaj kontentiĝi per sia pozicio, ne enviante la pozicion de aliaj, malpliakrigi la moralan impreson de la malsukcesoj kaj elreviĝoj, kiujn li trapasas; el ĝi li ĉerpas trankvilon kaj rezignacion utilajn al la sano tiel de la korpo, kiel de l’ animo, dum per la envio, la ĵaluzo kaj la ambicio, li memvole kondamnas sin al turmento kaj pliigas la afliktojn kaj la ĉagrenojn de sia mallonga ekzistado.
        Libro: La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec, ĉap. V.
Motivos de Resignação.
13. O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o seu sofrimento, quando o considera mais longo. Ora, aquele que se coloca no ponto de vista da vida espiritual, abrange na sua visão a vida corpórea, como um ponto do infinito, compreendendo a sua brevidade, sabendo que esse momento penoso passa bem depressa. A certeza de um futuro próximo e mais feliz o sustenta e encoraja, e em vez de lamentar-se, ele agradece ao céu as dores que o fazem avançar. Para aquele que, ao contrário, só vê a vida corpórea, esta parece interminável, e a dor pesa sobre ele com todo o seu peso. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções. Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma, enquanto com a inveja, o ciúme e a ambição, entrega-se voluntariamente à tortura, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, cap. V.

sábado, 24 de outubro de 2015

Motivoj de Rezignacio / Motivos de Resignação (1)

Motivoj de Rezignacio
12. Per jenaj vortoj: Feliĉaj la afliktitoj, ĉar ili estos konsolataj, Jesuo montras samtempe la kompenson, kiu atendas tiujn, kiuj suferas, kaj la rezignacion, kiu igas beni la suferon kiel komencon de resaniĝo.
Tiuj vortoj povas ankaŭ esti tradukataj jene: Vi devas konsideri vin feliĉaj pro la sufero, ĉar viaj doloroj en tiu ĉi mondo estas pago de la ŝuldo de viaj pasintaj kulpoj, kaj tiuj doloroj, se elportataj pacience sur la tero, ŝparas al vi jarcentojn da sufero en la estonta vivo. Vi devas do esti kontentaj, ke Dio malgrandigas vian ŝuldon, permesante al vi kvitiĝi nun, kio certigas al vi trankvilecon en la estonteco.
La homo suferanta estas simila al ŝuldanto, kiu devas pagi grandan sumon kaj al kiu la kreditoro diras: “Se vi pagos ankoraŭ hodiaŭ centonon de via ŝuldo, mi kvitigos vin ankaŭ de la restaĵo, kaj vi estos libera; se vi ne faros tion, mi persekutos vin, ĝis vi estos paginta  la lastan kodranton”. Ĉu la ŝuldanto ne estus feliĉa suferi ĉiuspecajn bezonojn por liberigi sin, pagante nur centonon de sia ŝuldo? Ĉu anstataŭ plendi pri sia kreditoro, li ne restos al li tre danka?
Tia estas la senco de ĉi tiuj vortoj: Feliĉaj la afliktitoj, ĉar ili estos konsolataj”; ili estas feliĉaj, ĉar ili pagas, kaj post la pago ili estos liberaj. Sed se, tute pagante unuflanke, aliflanke oni faras novan ŝuldon, oni neniam alvenos al liberiĝo. Nu, ĉiu nova kulpo pligrandigas la ŝuldon, ĉar ĉia kulpo kuntrenas nepran, neeviteblan punon; se tio ne estas hodiaŭ, ĝi estos morgaŭ; se ne en la nuna vivo, certe en alia. Inter tiuj kulpoj, estas necese meti en la unuan rangon la malsubmetiĝon al la volo de Dio; do, se en la afliktoj oni murmuras, se oni ilin ne akceptas kun rezignacio kaj kiel
ion, kion oni meritas, se oni akuzas Dion pri maljusteco, oni faras novan ŝuldon, kiu perdigas la profiton, kiun oni povus ricevi el la sufero; tial estos necese rekomenci tute same, kiel se al kreditoro, kiu nin turmentas, ni parte pagus, sed al kiu ĉe ĉiu partopago ni denove prunteprenus.
Ĉe sia eniro en la mondon de la Spiritoj, la homo estas ankaŭ kiel laboristo, kiu prezentas sin en la tago de la pago. Al unuj la mastro diros: “Jen la pago por viaj labortagoj”; al aliaj, al la feliĉuloj de sur la tero, al tiuj, kiuj vivis en senfareco, kiuj igis sian feliĉon konsisti en la kontentigoj de sia memamo kaj en la mondaj ĝuoj, li diros: “Nenio estas al vi asignita, ĉar vi jam ricevis vian salajron sur la tero. Reiru kaj rekomencu vian taskon.”
Libro: La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec, ĉap. V.
Motivos de Resignação
12. Pelas palavras bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.
Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossas dívidas, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranqüilidade para o futuro.
O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo". O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?
É esse o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados". Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres. Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável. Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra. Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento. Eis porque precisamos recomeçar, exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.
Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: "Eis a paga do teu dia de trabalho". A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor-próprio e dos prazeres mundanos, dirá: "Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa".
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, cap. V.

Jesus em Casa - Irene S. Pinto


O culto do Mestre, em casa,
É novo sol que irradia
A música da alegria
Em santa e bela canção.
É a glória de Deus que vaza
O dom da Graça Divina,
Que regenera e ilumina
O templo do coração.

Ouvida a bênção da prece,
Na sala doce e tranqüila,
A lição do bem cintila
Como um poema a brilhar.
O verbo humano enaltece
A caridade e a esperança,
Tudo é bendita mudança
No plano familiar.

Anula-se a malquerença,
A frase é contente e boa.
Quem guarda ofensas, perdoa
Quem sofre, agradece à cruz.
A maldade escuta e pensa
E o vício da rebeldia
Perde a máscara sombria...
Toda névoa faz-se luz!

Na casa fortalecida
Por semelhante alimento,
Tudo vibra entendimento
Sublime e renovador.
O dever governa a vida
Vozes brandas falam calmas....
É Jesus chamando as almas.
A o reino do Eterno Amor!

Livro: Luz no Lar.
Espíritos Diversos / Chico Xavier.

Na Trilha do Mestre - Emmanuel

Partindo Jesus dali, viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e seguiu. Mateus, 9:9.
É importante verificar que o Mestre não estabelece condições para que o discípulo lhe compartilhe a jornada.
Não pergunta se ele se julga dotado com a força conveniente...
Se é fraco de espírito...
Se é demasiado imperfeito...
Se sofre em família...
Se possui débitos a solver...
Se padece tentações...
Se está acusado de alguma falta...
Se retém valores de educação...
Se é rico ou pobre de possibilidades materiais...
O Senhor diz apenas segue-me, como quem afirma que, se o aprendiz se dispõe realmente a segui-lo, será suprido de socorros eficientes, em todas as suas necessidades.
A lição é clara e expressiva. Reflitamos nela para que não venhamos permanecer na sombra da indecisão.
Livro: Benção da Paz.
Emmanuel / Chico Xavier.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Verdugos da Alma – Emmanuel.

A Terra é uma grande e abençoada escola necessária à nossa sublimação.
As matérias de seus cursos podem conduzir-nos aos resultados que pretendemos atingir.
Não há, porém, ensinamento gratuito.
A provação da riqueza é sedutora, contudo, repleta de perigos cruéis.
A da pobreza é simples e enternecedora, todavia oferece tentação permanente ao desespero.
O estágio na beleza física é fascinante, mas mostra escuros abismos ao coração desavisado.
Já o do poder é expressivo, porém atrai dificuldades que podem comprometer nosso futuro.
A estação na vida familiar é doce e agradável, nela, entretanto, a sombra do egoísmo pode enganar-nos o coração.
Onde estiverdes, acordai para o bem!...
O ouro e a intelectualidade, os títulos e honras, as aflições e pesares, as posses e privilégios são meros acidentes ao longo do caminho evolutivo.
A vida é eternidade em ascensão. Em qualquer condição, todavia, só com o cultivo do amor puro conseguireis edificar para a luz da imortalidade.    
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Inspiração.

O trem da vida - Sufi

Corre o trem da vida! Temos a impressão de que não podemos perder tempo. Parar é danoso, senão desastroso! Sim, esta é a impressão!
Mas pergunto, que momento há para uma reflexão? Por quê tanta velocidade no viver a vida material? Por quê tantos anseios acelerados que constroem a ansiedade doentia? Cinco, dez ou quinze minutos por dia, de uma reflexão bem sentida, podem fazer uma grande diferença! Pergunte se suas ações estão de acordo com sua consciência. Indague se os sentimentos que predominam em ti, estão lhe fazendo bem. Pergunte se está tendo autorrealização naquilo que faz. Não deixe o seu trem descarrilhar!
Livro: Reflexões.
Sufi / Pablo Salamanca.

Erra Mais – Irmão José

Inclui os teus semelhantes em teus planos de felicidade.
A tua paz interior depende da paz que te esforces por estabelecer à tua volta.
O egoísmo não te coloca à margem da Criação Divina.
Não creias que possas simplesmente não te importar com o que sucede alhures.
Em todos os níveis, interages com a Vida e, mesmo que não queiras, te submetes às influências dela.
A tua passividade em relação aos outros não significa total abstração de atitudes.
Jamais conseguirás te omitir, a ponto de te isentares de responsabilidade.
A aparente neutralidade dos indiferentes ao bem é ativa concessão ao mal.
Se te recusas a fazer luz, favoreces a expansão da treva.
Mais do que de teu silêncio, a Verdade precisa de tua voz.
Quem adota a cômoda postura de cruzar os braços erra mais do que quem erra tentando alguma coisa fazer de positivo.
A intenção do melhor se sobrepõe aos equívocos da ação malsucedida.
Livro: Dias Melhores.
Irmão José / Carlos A. Baccelli.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Recusar / Rifuzi

Recusar
A visitante humilde chegou ao gabinete do distinto filantropo e, embora desapontada, pediu auxílio financeiro para uma operação de que se via urgentemente carecida e que só podia ser executada em grande metrópole.
O benfeitor, homem de largos haveres e reconhecidamente bom, era, apesar disso, apegado a preconceitos, e, vendo a pedinte tão jovem, envergando o vestido lindamente estampado que lhe fora cedido por favor, prometeu cooperar.
No dia seguinte, mandou fazer sindicância.
Daí a cinco dias, recebeu o relatório.
Tratava-se de pobre viúva sem ninguém.
Em seguida, recomendou fosse a doente ao consultório de médico amigo.
O facultativo estudou as chapas radiográficas e confirmou a opinião de outros colegas.
Urgia a intervenção cirúrgica, inadiável.
O protetor, decidido a ajudar com a quantia solicitada, esperou a esposa ausente. Tinha receio de ser mal interpretado.
Após uma semana, a esposa regressa e ambos se dirigem, contentes, para o telheiro da viúva necessitada.
Entretanto, ao descerem de luzido automóvel, deparou-se-lhes um enterro de última classe. A enferma desvalida desencarnara na véspera.
         ***
Quando você estiver em condições de ajudar, não atrase o benefício.
Tenha em mente o antigo rifão que preceitua: “Dar tarde, é recusar”.
Livro: Bem-Aventurados os Simples.
Valérium / Waldo Vieira.
Rifuzi
Humila vizitantino venis en kabineton de fama filantropo kaj, kvankam hontigita, petis de li monan helpon por operacio, al kiu ŝi urĝe devus submetiĝi kaj kiu povus esti farata nur en granda urbo.
La bonfaranto, homo posedanta multajn havaĵojn kaj tre bonkora, estis, malgraŭ tio, obeema al antaŭjuĝoj kaj vidante tiel junan petantinon kun vesto eble stampita, kiun oni kompleze pruntedonis al ŝi, li promesis kunhelpi.
La sekvintan tagon li ordonis enketon pri ŝi.
Post kvin tagoj li ricevis raporton.
Ŝi estis kompatinda vidvino sen ies protekto.
Poste li konsilis al la malsanulino konsulti lian amikan kuraciston.
La medicinisto esploris ŝian radiografion kaj konfirmis opiniojn de aliaj kolegoj.
Urĝis al  ŝi sperti neprokrasteblan operacion.
Decidinte helpi ŝin per la sumo, la filantropo atendis sian forestantan edzinon. Li timis kalumnion.
Post semajno lia edzino revenis kaj ambaŭ ĝojaj sin direktas al la domaĉo de la malriĉa vidvino. Sed, kiam ili eliras el brila aŭtomobilo, ilin surprizas enterigo de la lasta klaso. La forlasita malsanulino estis elkarniĝinta en la antaŭa tago.
***
Kiam vi povos helpi, ne malfruigu bonfaron.
Ĉiam memoru pri la malnova diraĵo, kiu tekstas jene: “Malfrua dono estas rufuzi.”
Libro: Feliĉaj la Simplaj.
Valérium / Waldo Vieira.