“Qual de vós,
tendo cem ovelhas e perder uma, não abandona as noventa e nove no deserto e vai
em busca daquela que se perdeu, até encontrá-la? E achando-a, alegre a põe
sobre os ombros e, de volta para casa, convoca os amigos e os vizinhos,
dizendo-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida! Eu
vos digo que do mesmo modo haverá mais alegria no céu por um só pecador que se
arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de
arrependimento.” Jesus / Lc 15:4-7.
A “Parábola da
Ovelha Perdida” traz ensinamentos semelhantes ao da “Parábola da Dracma
Perdida”:
o empenho da
Espiritualidade em nos proteger;
a inexistência
de erro que não possa ser reparado;
a inexistência
de condenação por toda a eternidade;
alegria dos
Benfeitores Espirituais quando “somos encontrados”.
Desde o Velho
Testamento encontramos a mesma simbologia sobre a Previdência Divina, ou seja,
a Proteção Divina que se estende a todos os seus filhos, “as ovelhas”, como
vemos em Ezequiel 34:11-12 e 16: “...Certamente eu mesmo cuidarei do meu
rebanho e dele me ocuparei. Como o pastor cuida do seu rebanho, quando está no
meio das suas ovelhas dispersas, assim cuidarei das minhas ovelhas e as
recolherei de todos os lugares por onde se dispersaram em dia de nuvem e
escuridão. (...) Buscarei a ovelha que estiver perdida, reconduzirei a que
estiver desgarrada, pensarei a que estiver fraturada e restaurarei a que
estiver abatida”.
Deus, em Sua
Infinita Bondade, é um Pai Amoroso, que respeita a liberdade de escolha de seus
filhos, porque, em sua profunda sabedoria, conhece a alma de cada um, e sabe
que nenhum Espírito permanecerá eternamente perdido nos desvios do caminho,
condenados para sempre ao sofrimento e as trevas da ignorância.
Chegará o
momento em que, compreendendo as Leis Divinas, retomaremos a Casa Paterna, e
seremos acolhidos com imensa alegria: “haverá mais alegria no céu por um só
pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de
arrependimento.”.
É, realmente,
confortadora a idéia de que nenhuma ovelha será deixada para trás, que nenhuma
ovelha será perdida.
Diferentemente
de muitas outras doutrinas, que pregavam ou ainda pregam as penas eternas, o
Espiritismo, retirando o véu que encobria o conhecimento sobre nossa condição
futura, demonstra que todos alcançarão a felicidade plena.
Não há, assim,
almas perdidas, não há segregação definitiva, não há escuridão eterna, todos
encontrarão a Luz. Somente a doce voz do Mestre continuara ecoando aos nossos
ouvidos chamando-nos persistentemente ao seu encontro.
E vivenciando os
ensinamentos do Cristo, procuraremos aqueles que estão à margem, aqueles que
foram excluídos, aqueles que foram abandonados e desprezados, aqueles que ainda
estão nas trevas. Quando apreendermos verdadeiramente as lições inolvidáveis do
Mestre, o meigo Pastor das almas da Terra poderemos tornar-nos pequeninos
pastores, auxiliando-o a conduzir o rebanho terreno rumo a felicidade e a plenitude
desejadas.
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