(Evangelho
Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Cap. IX – Item 6)
Diz você que a
palavra do companheiro é agressiva demais; no entanto, se você pensar nas
frases contundentes que lhe saem da boca, nem de leve passará sobre o assunto.
Diz você que o
amigo praticou erro grave; contudo, se você pensar nos delitos maiores que
deixou de cometer, simplesmente por fugir-lhe a oportunidade, não encontrará motivo
de acusação.
Diz você haver
sofrido pesada ofensa; entretanto, se você pensar quantas vezes tem ferido os
outros, olvidará, incontinenti, as falhas alheias.
Diz você que não
suporta mais os trabalhos com que os familiares lhe tributam as horas, mas se
você pensar nos incômodos que a sua existência tem exigido de todos eles, não
terá gosto de reclamar.
Diz você que os
seus sacrifícios são muito grandes, em favor do próximo; no entanto, se você
pensar nas vidas que morrem diariamente, para que você tenha a mesa farta,
decerto não falará mais nisso.
Diz você que as
suas necessidades são invencíveis; contudo, se você pensar nas privações
daqueles que seriam infinitamente felizes com as sobras de sua casa, não tropeçaria
na queixa.
Diz você que não
pode ajudar na beneficência, em razão de velha enxaqueca; contudo, se você
pensar naqueles que jazem no leito dos hospitais, implorando um momento de
alívio, não adiará seu concurso.
Diz você que não
dispõe de tempo para o cultivo da caridade, mas se você pensar nos mil e
quatrocentos e quarenta minutos que você possui, cada dia, para viver na Terra,
não se esconderá em semelhante desculpa.
Em todo assunto
de falta e perdão, não nos demoremos visando os outros. Pensemos em nós
próprios e preferiremos fazer silêncio, extinguindo o mal.
Espírito: André
Luiz
Livro: O
Espírito da Verdade.
Médiuns: Chico
Xavier e Waldo Vieira.
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