No sentido de
preservar a própria paz, é indispensável nos disponhamos a manter criteriosa atenção
sobre nós mesmos.
O conflito de
resultados inavaliáveis pode surgir da explosão de sentimentos descontrolados; entretanto,
não se obtém a paz sem esforço.
Quem acredite no
imaginário valor da desinibição despropositada, no intuito de garantir o equilíbrio
próprio, observe a força elétrica desorientada ou o trânsito sem disciplina.
Ninguém possui
uma serenidade que não construiu. Daí, o impositivo da vigilância em nós próprios.
Não se trata de
prevenção contra ninguém e sim de auto-governo.
Para semelhante
realização, ser-nos-á justo enfileirar certas obrigações primordiais que se nos
mostram por alicerces da consciência tranqüila.
Compreendamos
que somos colocados, uns à frente dos outros, a fim de aperfeiçoar-nos.
Abracemos as
iniciativas de concórdia sem esperar que determinadas pessoas venham a promovê-las.
Pelos erros
alheios que claramente nos preocupem, examinemos os nossos com a sincera resolução
de corrigi-los.
Não nos
aborreçamos com o trabalho que a vida nos confia, de vez que, através dele, é
que atingiremos a promoção justa na escala de valores da vida.
Nunca nos
esqueçamos de que a eficiência não se harmoniza com a pressa, mas não se fará vista sem apoio da
diligência.
Convém lembrar
que os nossos ouvidos podem ser transformados em extintores do mal, todas as
vezes em que o mal nos procure.
Aceitemos a
realidade de que o próximo não tem a nossa formação e saibamos respeitar cada
criatura na posição em que se encontre.
Em suma, a
serenidade não é uma aquisição espiritual que se faça em toque de mágica e sim,
através do trabalho, muitas vezes, duro e áspero da paciência em ação.
Livro:
Calma.
Emmanuel
/ Chico Xavier.
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