sábado, 26 de outubro de 2013

EXPIAÇÃO E ARREPENDIMENTO

Segundo as questões 990 a 1002 de O Livro dos Espíritos - Allan Kardec,  o nosso arrependimento pelo que fizemos de errado, tanto pode ser como encarnado quando, pelo nosso aprendizado já conseguimos distinguir o que é o bem e o que é o mal, ou como desencarnado.
Quando o nosso arrependimento se dá na nossa estada no plano espiritual, a conseqüência é o desejo de uma nova oportunidade no plano físico para novos aprendizados morais para que sejamos um pouco mais feliz e para isso devemos expiar as faltas cometidas.
O arrependimento como encarnado tem como resultado a melhora na mesma existência, se houver tempo para a reparação dos erros cometidos.
Nenhuma criatura humana é voltada exclusivamente para o mal, pois o mal não existe, ele é simplesmente a ausência do bem.
Se alguém nos perguntar quem são nossos inimigos, devemos responder que são aqueles a qual ainda não descobriram que nos amam, pois aquelas pessoas que nesta vida só tem a maldade no coração, em outra terão o bem já criado raízes e em outras totalmente plantadas como uma árvore frondosa e resistente, pois é necessário que todos, um dia, atinjam a perfeição relativa, uns mais rápidos e outros lentos, de acordo a evolução individual.
Todo aquele que é mau e não reconhece seus erros na vida corporal, com certeza os reconhecera na vida espiritual e por isso sofrerá muito quando reconhecer todo mal que praticou.
Logicamente esse arrependimento não é de imediato; uns mesmo sofrendo permanecem alheios a necessidade do arrependimento, mas como a todos Deus da oportunidades iguais, esses também um dia o arrependimento baterá a porta do coração.
Como o progresso é uma lei Divina, todos aqueles que necessariamente não são maus, mas não se preocupam com a própria vida e muito menos se ocupa de coisas úteis, terão de sofrer por aquilo de bom que deixaram de fazer. Mas eles também tem o desejo de amenizar seus sofrimentos; ainda não o fazem porque a vontade verdadeira ainda esta longe de ser conseguida. Citamos como exemplo uma pessoa que prefere morar sob viaduto, ponte, marquise, pedindo esmolas do que trabalhar para saírem da situação em que se encontram.
Há Espíritos desencarnados que têm consciência que são maus e agravam sua situação prolongando seu estado de inferioridade desviando os homens que seguem um bom caminho.
Esses são aqueles de arrependimento tardio.
Não podemos esquecer que nem todo arrependimento vem do âmago de alma, portanto, alguns podem se deixar levar para o caminho do mal pelas influências de Espíritos mais atrasados.
Existem Espíritos bastante inferiores que aceitam e acolhem as preces que são feitas em seus benefícios e ha outros mais esclarecidos que são dotados de um endurecimento e de um cinismo enorme. Os Espíritos, na questão 997 do LE, nos esclarecem que “a prece só tem efeito em favor do Espírito que se arrepende”. Aquele que permanece no orgulho, com o coração revoltado contra Deus e persistindo nos seus erros, com certeza não recebem as benesses da prece, até o dia de seu arrependimento sincero.
“A expiação se cumpre na existência corpórea, através das provas a que o Espírito é submetido, e na vida espiritual pelos sofrimentos morais decorrentes do seu estado de inferioridade” (O Livro dos Espíritos - Allan Kardec, Questão 998)
Não basta o Espírito se arrepender sinceramente do mal praticado, se esse arrependimento não estiver acompanhado de boas obras. Todo, ato mal deve ser reparado.
Podemos a partir desta vida resgatar nossas faltas, mas não podemos esquecer que “o mal não é reparado senão pelo bem, e a reparação não tem mérito algum se não atingir o homem no seu orgulho ou nos interesses materiais“ (O Livro dos Espíritos - Allan Kardec, questão 1000).
Segundo Martins Peralva no livro “O Pensamento de Emmanuel”, Cap. 37, “em sã consciência, nenhum espírita esclarecido julgar-se-á isento de experiências reabilitadoras sob alegação, doutrinariamente inconsistente, de que “se arrependeu do mal praticado” e, por tal motivo, justificado está perante as leis divinas"
Completando esse capítulo, ele nos diz que devemos levar em conta quatro pontos essenciais, a saber:
a) Reconhecer com humildade, o erro cometido.
b) Não reproduzi-lo ou, pelo menos, tudo fazer no sentido de evitar sua repetição.
c) Ajudar aqueles a quem ferimos.
d) Sustentar-nos na fé e no trabalho, a fim de que a reabilitação se dê, gloriosa e sublime, uma vez que, indubitavelmente, o trabalho e a fé são avanços de sustentação das almas enfraquecidas.
         Livro: Curso Básico de Espiritismo – 2º Ano FEESP

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