A transformação do
lar em célula viva do Cristianismo operante constitui labor impostergável.
Por mais
valiosas se façam as conquistas externas na atividade quotidiana, com vistas ao
progresso e à felicidade, se tais aquisições não encontrarem fundações de
segurança no reduto doméstico far-se-ão edificações em constante perigo.
Isto, porque, o
lar é a matriz geradora da comunidade ditosa, sobre o qual repousam os
sustentáculos das nacionalidades progressistas.
Os distúrbios
internos em qualquer máquina de serviço provocam prejuízo na rentabilidade,
quando não se dá a paralisação do trabalho com danos imprevisíveis.
A família é o
fulcro da maior importância para o homem.
Não obstante os
complexos mecanismos da reencarnação, os fatores criminógenos ou os estímulos
honoráveis encontram no núcleo familiar as condições fomentadoras para o
eclodir das paixões insanas como o das sublimes. Obviamente, neste capítulo, de
quando em quando surgem exceções, como atestando que o diamante valioso, apesar
de tombado na lama, fulgura, precioso, ou a pedra bruta embora o engaste nobre
e o estojo especial, de forma alguma adquire valor.
Num lar lucilado
pela oração em conjunto onde, a par do exemplo salutar dos cônjuges, a palavra
do Senhor recebe consideração e apontamentos superiores, ao menos
periodicamente, os dramas passionais, as ocorréncias infelizes, os temores e as
discórdias cedem lugar à compreensão fraternal, à caridade recíproca, à paciência,
ao amor.
Ali se caldeiam
os complexos fenômenos da evolução e se resolvem em clima de entendimento os
problemas urgentes que dizem respeito à recuperação de cada um. Não apenas se
ajustam e se sustentam afetivamente os nubentes como se reorganizam os
programas iluminativos, retemperando-se ânimo e ideais à inspiração do Cristo
sempre presente.
*
Companheiros
sinceros queixam-se quanto aos da nos promovidos pelos modernos veículos de
comunicação de massas.
Diversos
expositores do verbo espírita invectivam contra as permissividades hodiernas.
Mentes lúcidas,
considerando a áspera colheita de espinhos da atualidade, reagem com emoção
através da palavra falada ou escrita.
Muitos oferecem
programas complexos de ação, talvez impraticável, debatem, acusam, vociferam. Mas
pouco fazem realmente.
O trabalho do
bem é paulatino e a reforma moral, para ser autêntica, será sempre individual,
bem laborada, sacrificial.
As técnicas
ajudam, todavia, só a persuasão honesta, mediante a qual o homem se
conscientiza das necessidades reais, consegue lograr libertá-lo dos compromissos
inditosos, engajando-o nas disposições restauradoras.
De pouca monta o
esforço para ajudar a renovação do próximo, se não ensinar fixado ao exemplo da
própria modificação íntima para melhor.
O exercício
evangélico na família à pouco e pouco, em clima de cordialidade e simpatia,
consegue neutralizar a má propaganda, as investidas violentas do crime de todo
porte que se insinuam e irrompem dominadoras.
*
Ao realizares o
Culto Evangélico do lar não te excedas em tempo, a fim de serem evitados a
monotonia e o desinteresse.
Não o imponhas
aos que te não compartem as idéias ou preterem, por enquanto, outros rumos.
Tenta a
argumentação honesta e branda, convinente e autêntica.
Insiste junto
aos filhinhos para que comunguem contigo do pão do espírito, conforme de ti
recebem o pão do corpo.
Faze, porém, a
tua parte.
Se sentires a
tentação do desânimo, a amargura ia decepção, recorda-te do otimismo dos
primeiros cristãos e não desfaleças. Orando em conjunto, recomendavam os
invigilantes, os perturbadores e inditosos ao Senhor, haurindo forças na
comunhão fraterna para os testemunhos com que ensementaram na Humanidade as
excelências da Boa Nova, que ora te alcança o espírito sem as agruras da
perseguição externa e das dolorosas injunções da impiedade humana.
Acende o sol do
Evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em
teu lar, em tua família, em teu coração.
Livro: Leis
Morais da Vida.
Joanna de
Ângelis / Divaldo Franco.
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