O espírito, ao
reencarnar, entra em processo preparatório, principalmente no tocante à
consciência que, além de ser um todo unificado, é também a mínima parte que se
encontra em atividade na alma, que domina o império da carne. Os instrutores
espirituais separam a região da consciência ativa no reencarnante; limpam-na
qual se faz no mundo com uma fita magnética já usada, só que, no caso da mente,
nada se perde. É recolhido todo o material no núcleo consciência!, por hábeis
especialistas, de modo fascinante, para que, no amanhã, sirva como testemunho
das vidas sucessivas, onde o espírito poderá, caso necessário, consultar o que
fez para estruturar os anseios do futuro, pois tudo ficará guardado no arquivo
interno do EU.
Não devemos nos
esquecer de que a consciência, mesmo tendo divisões inumeráveis, de certo modo,
continua em perfeita consonância com as partes que compõem o seu todo, por
laços indestrutíveis. É preciso reconhecer que a mente ativa do que renasce na
Terra chega virgem, na sua candura primitiva, qual folha de papel que foi
esquecida pelo uso. É fácil compreendermos porque o homem não se lembra das
suas vidas passadas, de acordo com o que acima narramos, a não ser casos raros,
em que o espírito busca na fonte (consciência profunda) os dados que lhe
compete conhecer por inspiracão de irmãos maiores, desde que isso lhes seja
proveitoso.
O dever da
inteligência é aglutinar ideias e fatos a serviço da mente, que plasma com
eficiência extraordinária todos os pormenores da vida para, depois da desencarnação,
entregar ao centro consciencial, como se fosse um xerox absorvente de toda a
matriz, com sensibilidade e nitidez inexplicáveis, onde se encontram todas as
experiências da alma no decorrer de todas as suas vidas, na Terra e fora
dela. É nessa ligeira conversa que podemos notar a nossa responsabilidade em
relação à formação de ideias e aos pensamentos que emitimos no desenrolar da
vida.
A mente é um
computador divino, onde a programação depende da nossa vontade, do nosso
querer, dos lastreados imensos dos nossos sentimentos, em uma conjuntura
infinita de acervos de forças que devem ser disciplinadas. Por isto, apelamos
constantemente para a educação conectiva com a instrução, em simbiose profunda,
para que uma possa complementar a outra. O terceiro milénio, pelo que nos foi
dado saber, não poderá receber espíritos desinteressados por Cristo. O chamado
do Mestre está se fazendo por todos os meios possíveis.
Quem tiver olhos
para ver, que veja e ouvidos, que ouça. E a seleção está próxima, entre trigo e
joio. Ainda temos muito que estudar no que diz respeito à mente. Somente
encontraremos conceitos mais elevados, se nos propusermos a iniciar a prática
de algumas leis, que asseguram a educação dos instintos inferiores em relação
às necessidades atuais da alma.
Todas as forças
do bem vêm direcionadas para cada espírito, de acordo com as suas necessidades
espirituais, e ficam em torno dele, esperando suas decisões. O impulso é individual,
como o dos soldados, que esperam as ordens do comandante e o dos pedreiros, os
traçados do arquiteto. Comecemos logo a mudar o modo de pensar e agir. O
esforço, certamente, é grande, mas, se continuarmos, alcançaremos a vitória. E
se não esmorecermos, ao fim da existência física, entregaremos à consciência
profunda uma mensagem renovada, que não nos envergonhará, quando tivermos o
poder e a bênção divina de relembrá-la. Empenhemo-nos no bem, esforçemo-nos no
perdão, e faça-mos de nossa vida, onde a vida maior nos colocar, um cântico de
amor na grandiosa substância da caridade. Se assim não fizermos, continuaremos
dominados pela ignorância.
Livro: Horizontes da Mente.
Miramez / João
Nunes Maia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário