Sempre as defrontarás pelo caminho por
onde avanças, elaborando aventura.
Há quem
hostilize o próximo por prevenção, despeito, inveja, ira, pelo prazer de
inquietar. São os que estão de mal consigo próprios, seguindo a largos passos
no rumo da loucura.
Há os que
hostilizam os fracos, os caídos nos poços da viciação, os enganados, os
pervertidos pretextando-se tarefa de depuração moral da sociedade.
Há os que
hostilizam os idealistas, os triunfadores, os abnegados servidores do bem, espicaçados
pôr sentimentos inconfessáveis.
Se trabalhas e
não dispões de tempo para a ociosidade e a maledicência, hostilizam-te os
demolidores e atrasados morais.
Se te deténs na
inutilidade e te acobertas na modorra dourada, hostilizam-te os adversários
gratuitos que se avinagram ante as tuas disposições igualmente doentias.
Faças ou deixes
de fazer o bem não te faltarão hostilidades.
Muitas vezes vêm
de fora, dos fiscais gratuitos da vida alheia. Noutras surgem no lar, no reduto
familiar, entre as pessoas afeiçoadas, perturbando tuas realizações começantes,
ferindo-te.
Refunde as
aspirações superiores a que te afervoras nos fornos da abnegação e não te
aflijas.
Intenta não
revidar nem tão-pouco desanimar, cultivando assim mesmo os propósitos
relevantes com os quais conseguirás, por fim, liberar-te da perseguição deles.
Diante de
pessoas hostis, a atitude mais correta é a da resistência pacífica, a
perseverança na posição não violenta.
* * *
Quando nada te
açode a alma nem te penetre os sentimentos em forma de acúleo e dor, estarás em
perigo.
Águas paradas —
águas pèstilenciais.
Terra inculta —
inutilidade em triunfo.
Instrumento ao
abandono — desgaste à vista.
* * *
Todos os homens
úteis atestaram a legitimidade dos seus propósitos e ideais sob as farpas da
inveja e o ácido das hostilidades de muitos dos seus contemporâneos.
Perseguidos de
todos os tempos que amaram as causas de enobrecimento humano, desbravadores de
céus, terras e vidas, alcançaram a vitória, não obstante chibatados e
vituperados pelos demais.
Não dispunham de
tempo para atender à malícia e ao despeito dos seus adversários.
A flama que lhes
ardia nalma era sustentada pelos combustíveis do sacrifício e da renúncia que
os levaram à imolação, com que selavam a grandeza dos seus misteres.
Não temas os que
hostilizam, difamam, infelicitam.
Não foram poucas
as personagens que se movimentaram para atragédia da Cruz. Sem embargo, o
Crucificado, erguido ao ponto mais alto do cenário sinistro, permanece
incorruptível e vivo na consciência universal, enquanto todos os que O haviam
hostilizado passaram carregados pelo vendaval das paixões, consumindo-se nas alucinações
que já os dominavam.
Livro: Leis Morais da Vida
Joanna de Angelis
/ Divaldo Franco.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
728. É lei da
Natureza a destruição?
Preciso é que
tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição
não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos
seres vivos.
752. Poder-se-á
ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?
É o instinto de
destruição no que tem de pior, porqüanto, se, algumas vezes, a destruição
constitui uma necessidade, com a crueldade jamais se dá o mesmo. Ela resulta
sempre de uma natureza má.
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