quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

HOSTILIDADES

   Sempre as defrontarás pelo caminho por onde avanças, elaborando aventura.
Há quem hostilize o próximo por prevenção, despeito, inveja, ira, pelo prazer de inquietar. São os que estão de mal consigo próprios, seguindo a largos passos no rumo da loucura.
Há os que hostilizam os fracos, os caídos nos poços da viciação, os enganados, os pervertidos pretextando-se tarefa de depuração moral da sociedade.
Há os que hostilizam os idealistas, os triunfadores, os abnegados servidores do bem, espicaçados pôr sentimentos inconfessáveis.
Se trabalhas e não dispões de tempo para a ociosidade e a maledicência, hostilizam-te os demolidores e atrasados morais.
Se te deténs na inutilidade e te acobertas na modorra dourada, hostilizam-te os adversários gratuitos que se avinagram ante as tuas disposições igualmente doentias.
Faças ou deixes de fazer o bem não te faltarão hostilidades.
Muitas vezes vêm de fora, dos fiscais gratuitos da vida alheia. Noutras surgem no lar, no reduto familiar, entre as pessoas afeiçoadas, perturbando tuas realizações começantes, ferindo-te.
Refunde as aspirações superiores a que te afervoras nos fornos da abnegação e não te aflijas.
Intenta não revidar nem tão-pouco desanimar, cultivando assim mesmo os propósitos relevantes com os quais conseguirás, por fim, liberar-te da perseguição deles.
Diante de pessoas hostis, a atitude mais correta é a da resistência pacífica, a perseverança na posição não violenta.
* * *
Quando nada te açode a alma nem te penetre os sentimentos em forma de acúleo e dor, estarás em perigo.
Águas paradas — águas pèstilenciais.
Terra inculta — inutilidade em triunfo.
Instrumento ao abandono — desgaste à vista.
* * *
Todos os homens úteis atestaram a legitimidade dos seus propósitos e ideais sob as farpas da inveja e o ácido das hostilidades de muitos dos seus contemporâneos.
Perseguidos de todos os tempos que amaram as causas de enobrecimento humano, desbravadores de céus, terras e vidas, alcançaram a vitória, não obstante chibatados e vituperados pelos demais.
Não dispunham de tempo para atender à malícia e ao despeito dos seus adversários.
A flama que lhes ardia nalma era sustentada pelos combustíveis do sacrifício e da renúncia que os levaram à imolação, com que selavam a grandeza dos seus misteres.
Não temas os que hostilizam, difamam, infelicitam.
Não foram poucas as personagens que se movimentaram para atragédia da Cruz. Sem embargo, o Crucificado, erguido ao ponto mais alto do cenário sinistro, permanece incorruptível e vivo na consciência universal, enquanto todos os que O haviam hostilizado passaram carregados pelo vendaval das paixões, consumindo-se nas alucinações que já os dominavam.
Livro: Leis Morais da Vida
Joanna de Angelis / Divaldo Franco.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
728. É lei da Natureza a destruição?
Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.
752. Poder-se-á ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?
É o instinto de destruição no que tem de pior, porqüanto, se, algumas vezes, a destruição constitui uma necessidade, com a crueldade jamais se dá o mesmo. Ela resulta sempre de uma natureza má.

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