0257/LE
O Espírito,
quando reencarna, é ligado ao corpo por fios tenuíssimos em vários centros de força,
refletores de outros centros da alma, no domínio de todas as células do campo
somático.
Quando o corpo
físico começa a desagregar-se por desleixo da alma que não cuidou da sua vestimenta,
ou por processos ligados ao passado, ou por leis de mudanças necessárias, não é
ele que sofre as impressões dolorosas; é o Espírito, por sua alta sensibilidade,
que capta essas impressões, pelas linhas que o prendem à argamassa física.
Esse processo de
sofrimentos, é, pois, um campo de experiências, mediante o qual despertam os
valores do Espírito que dormem na consciência profunda. Esses dons, quando aflorados,
ambientam eles mesmos o ser espiritual para o equilíbrio das suas sensações, de
modo a não sofrer com nenhuma reminiscência e a sua emotividade é direcionada
para o amor, o perdão e a caridade.
Aquele que tenha
qualquer aversão às leis que nos dirigem, feitas pelo Criador, ou tome caminhos
não condizentes com as mesmas, sofrerá as conseqüências. Os Espíritos desencarnados
que sofrem com a desagregação dos corpos, pela lei natural das transformações,
é porque estão ligados às paixões humanas e deixaram de mudar suas idéias, ligando-as
às diretrizes do Cristo, de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
a si mesmo.
Devemos observar
aonde nossos pensamentos encontram o sofrimento, pois aí se encontrará o nosso
clima de vida. É bom que nos lembremos de Jesus, o que para nós é um grande prazer,
quando Ele diz, e Mateus anota, no capítulo seis, versículo vinte e um: “Porque
onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Quando buscamos
determinadas sensações e a elas nos ligamos pelo desejo, qual se fossem o nosso
tesouro, ficamos presos a elas por tempo indeterminado.
Quando
conhecemos Jesus e O acompanhamos, vêm as mudanças de costumes e alteramos o
rumo das nossas sensações, buscando tesouros eternos, naquele bem que
universaliza os nossos sentimentos. Vejamos essa afirmativa, que já dissemos
alhures, mas que nos serve de orientação quando queremos nos referir à Doutrina
Espírita: O livro espírita é força divina nas mãos humanas. Ele acompanha o
progresso em todas as suas nuances, doando aos homens, com a maturidade
necessária, os conceitos de Jesus que brilham na sua mais perfeita revivescência,
ajudando os encarnados a se libertarem dos laços inferiores que os prendem às más
sensações, e para aqueles que começarem a viver o amor e a caridade, ao
passarem para o plano espiritual, as sensações serão outras, que lhes farão
chorar de alegria, pela glória que seu esforço no bem lhes conferiu.
Com o
conhecimento que agora se tem, trazido à luz pelo ensaio teórico do Codificador
e com todas as experiências adquiridas ao longo do tempo, deve-se passar à
vivência dos ensinos de Jesus, conhecendo a verdade que oferecerá a coroa de
luz, marcando assim a sua dignidade como cidadão livre no campo da vida
espiritual.
Lembremo-nos
bem: onde estarão os nossos pensamentos?
Onde os nossos
sentimentos estão ligados?
Eis ai nosso
tesouro! Vejamos, atentemos se é o que o Cristo deseja de nós!
Livro: Filosofia
Espírita – Vol. VI
Miramez / João Nunes
Maia.
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