A eclosão da
mente é fato indiscutível nos arraiais da ciência espiritualista, perpassando a
história dos povos, remontando a épocas longínquas.
Rebuscando nas
dobras do tempo e do espaço incomensurável, ser-nos-á fácil aceitar o impulso
evolutivo de todas as criaturas, senão de todas as coisas.
A mente é uma
fornalha de temperaturas variáveis, de conformidade com a evolução da alma,
onde se purificam todos os sentimentos provindos dos mais secretos escaninhos
do espírito. Ela é como um carimbo divino, que autoriza ou não que os impulsos
do ser possam ser conhecidos, na dimensão espiritual e na faixa física.
Os pensamentos
que emitimos, ao escaparem de nós, se agrupam, por lei, aos seus semelhantes e,
em muitos casos, voltam ao seu criador, como nuvens de abelhas retornando ao
apiário a atormentar-nos, ou a abençoar-nos, dependendo da sua formação no
laboratório da mente.
O homem mais ou
menos evoluído notará as qualidades dos seus pensamentos bem antes da formação
das idéias, por perceber suas ondas nas profundezas de si mesmo, razão por que
poderá modificá-los na fecundação do consciente em toda a sua estrutura
engenhosa, aderindo a agregado energético das formas sentimentos altruísticos,
que correspondem a todas as outras virtudes, fazendo assim um trabalho de
mestre de si mesmo, agindo como cooperador do progresso espiritual.
É fácil notar
uma alma despertada para as reformas morais.
Basta um pouco
de pesquisa, de psicologia, desde que não resvalemos para a crítica anunciada ao
pé do ouvido, aderindo nela a mentira. A honestidade é o molde de grandes
qualidades. A pesquisa, nesse campo, é somente para estudo individual.
A pessoa, por
muito que esconda, deixa passar, no que pensa, no que fala e no que vive, o que
verdadeiramente é, e o resultado das nossas observações individuais muito nos
servirá na auto-análise, tanto quanto na educação de que ainda carecemos.
A evolução da
mente é lei universal, em todos os mundos. E a nossa participação é como
acessório da mesma lei vigente em toda a criação. Aprendemos por ingentes
esforços mas somente o que já se encontra feito ou descobrimos métodos
estruturados na vida desde o princípio das coisas. A nossa parte é, certamente,
a mais simples, no entanto, de grande eficiência para nós mesmos.
A evolução
requer esforço, dor e sacrifício. Seu roteiro é, na realidade, o que o Cristo
deixou para todos nós, subindo o calvário com a cruz, e ainda nela sendo crucificado.
Não existe outro caminho, a não ser quando aprendermos o amor verdadeiro, que
começa a aparecer nos invisíveis pontos luminosos da mente, a refletir, na
personalidade, como cortesia, amabilidade, tolerância, compreensão, caridade,
bom senso etc. Eles poderão aumentar de tamanho, atingia do toda a área mental,
tornando-se um sol, se o espírito passar a viver por amor e alegria, as leis
estabelecidas pela Inteligência Soberana de nosso Pai e Pai de todas as coisas
criadas.
Do contrário, a
ignorância nos domina, a dor nos acompanha e toda a sorte de problemas nos
coage, até o tempo explodir nossas qualidades guardadas no seio da própria
vida.
Pensamentos
negativos são notas dissonantes na harmoniosa orquestração da mente, e as boas
ideias fortalecem o cérebro, revigoram os nervos, estendendo as bênçãos do bem
em todo o complexo biológico. É hora de participarmos com mais intensidade da
nossa evolução mental, procurando conhecer todos os horizontes da mente, para
trabalharmos com proveito na grande construção do super-homem de amanhã.
Começando hoje, com sutis toques de reformas de costumes, amanhã o trigo já
estará maduro. Poderemos arrancar o joio, para novos e fecundos plantios. Esse
é o impulso irresistível da evolução. Avancemos.
Livro:
Horizontes da Mente.
Miramez / João
Nunes Maia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário