Senhor!
Enquanto vibram
as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que
Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar. Há tanta dor no mundo Senhor!
Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam
de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos pêlos
que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras; pêlos que
escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes; pêlos
que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda
das casas do comércio carnal; pêlos que exploram os vícios e acumulam usuras
com o fruto da alucinação de obsidiados ignorantes da própria enfermidade;
pêlos que malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o
fastígio mentiroso da ilusão; pêlos que difundem a literatura perversa e favorecem
a divulgação da criminalidade; pêlos que fazem enlouquecer, através dos processos
escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações; pêlos que se locupletam
com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo; pêlos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos
do torpor moral, que os invadem!
Senhor!
Diante das
crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos
atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas
não nos esquecemos de Te suplicar pêlos causadores da miséria e do infortúnio
"Não sabem
o que fazem!" - perdoa-os Senhor! Neste Natal, evocando o momento em que as
Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para
o Teu mergulho na névoa dos homens, espace, novamente, misericórdia e esperança
para todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo
sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal de que Te fizeste paradigma
após o martírio da Cruz.
Livro: Celeiro
de Bençãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário