0595/LE
Em se falando no
livre-arbítrio, podemos dizer que os animais o têm; no entanto, ele é tão restrito,
que foge à nossa percepção.
Cumpre a nós
outros dizer que a liberdade dos animais é restrita às suas necessidades, ao passo
que nos homens ela é mais avançada, por ter sido a razão entregue a eles pelas
mãos de Deus, através dos tempos. Se o animal não pensa como os homens, não tem
função neles o raciocínio, portanto não sabem escolher além das suas
necessidades físicas.
Devemos estudar
mais os reinos que nos são inferiores, bem como os superiores. É nesses esforços
que vamos compreendendo a vida na sua mais alta dimensão. Uma certeza temos: Deus
é o planejador de tudo e da Vida Maior na qual absorvemos mais vida.
Os animais não
são simples máquinas automáticas; eles têm um princípio espiritual que cresce em
maturidade através dos séculos e milênios. Como já falamos em mensagens
anteriores, os animais, mesmos os mais rudimentares, estão em busca da luz, e
neles se encontram guardados os talentos divinos a serem desabrochados, e mais
tarde irão gozar das delícias que os anjos estão gozando, fruto do tempo e dos
esforços individuais de cada ser.
Assim como
observadores estudam o organismo humano e ainda não o compreendem suficientemente,
muitos outros estudam os organismos dos animais e registram, nas suas anotações,
que existe uma força inteligente que comanda esses organismos, como no dos seres
humanos.
Deus está em
tudo, no comando de todas as coisas. Existe uma mente instintiva programada em
todas as criaturas; de acordo com a evolução, ela age com maior ou menor
sabedoria, com maior ou menor exatidão. É Deus se mostrando como luz, para o
entendimento de todos os observadores. Se os animais gozassem de liberdade, o
que seria do mundo? A falta de razão neles é um freio, por terem o mundo mental
que assimila a educação. Somente as almas já preparadas na forja do tempo e do
espaço possuem o livre arbítrio; mesmo assim podes notar o que os homens, ou a
maioria deles, fazem da liberdade que possuem.
Jesus foi uma
bênção de Deus mandada à Terra, em favor das desenfreadas paixões dos que pensam.
O Mestre desceu à carne para ensinar aos faltosos e aos ignorantes, a
respeitarem as leis de Deus, irradiando-se em todo o mundo.
Não vim chamar
justos, e, sim, pecadores ao arrependimento. (Lucas, 5:32) Os céus vieram à
Terra comandados pelo Governador do planeta, para consolar aos sofredores, dar
pão aos que tinham e têm fome, e instruir aos ignorantes. E a Doutrina
Espírita, sendo a mesma luz, não faz outra coisa a não ser a vontade do Mestre
dos mestres.
O Cristo subiu
aos céus na Sua grandeza, mas deixou junto a nós grandes almas instruídas, para
nos instruir; ensinou a elas o amor, para que elas nos ensinassem a amar
igualmente. E ainda disse, tomado de amor: " Se eu não for, não poderei
enviar outro consolador, que ficará convosco eternamente."
Eis aí o
consolador, o Espírito de Verdade em forma de uma doutrina, para que todos
possam desfrutar da luz de Deus em formas variadas.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
595. Gozam de
livre-arbítrio os animais, para a prática dos seus atos?
Os animais não
são simples máquinas, como supondes. Contudo, a liberdade de ação, de que
desfrutam, é limitada pelas suas necessidades e não se pode comparar à do
homem. Sendo muitíssimo inferiores a este, não têm os mesmos deveres que ele. A
liberdade, possuem-na restrita aos atos da vida material.
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