A disciplina é
alicerce da vida.
A ordem é
fundamento da Lei.
Quanto maior o
primitivismo dos seres enfaixados no berço da evolução, com mais força
registramos semelhante princípio.
O minério, da
gleba a que se acolhe, é transportado sem qualquer resistência para atender às
lides do progresso.
O verme
arrasta-se no solo, cadaverizando-se nele de modo a fecundá-lo para que a
semente germine.
A árvore sofre o
insulto da tempestade, produzindo sem exigência, em favor dos outros, os frutos
que não consome.
A ovelha cede à
lã que lhe é própria ao reconforto alheio, tremendo ante o assalto do frio.
Os elementos
mais simples obedecem e auxiliam sem reclamar e todos eles, colados ainda à
Terra, para ela se voltam humildes e submissos, representando crisálidas de
consciência em sua expressão fetal, no colo da natureza.
Todavia, o dever
é diferente no homem, cuja cabeça se ergue dominadora na direção do infinito.
De braços
livres, não obstante chumbado à senda que perlustra, pode sentir e raciocinar, mentalizar
e escolher, calcular e decidir.
E porque o
Supremo Senhor não gerou os filhos de Sua Sabedoria e de Seu Amor para escravos
de Sua Casa, concede-lhes a razão, com que se lhe agiganta o livre-arbítrio na
formação do próprio merecimento.
É por isso que,
quanto mais elevado o degrau da criatura, mais ampla se lhe torna a
responsabilidade na plantação e na defesa do Bem.
Estejamos
alertas no mundo de nós mesmos, procurando aprender e servir, nas bases do amor
puro e da humildade, de vez que todos nós, à luz do discernimento, dispomos de
liberdade para cumprir as obrigações que nos cabem perante a Lei, plasmando o
direito ao Céu, a começar de nós, ou para cultivar a rebeldia sistemática, pela
qual arrasamos os talentos divinos, gerando em nossas almas os agentes do
desequilíbrio que equivale na vida ao martírio infernal.
Livro: Jóia.
Emmanuel e André
Luiz / Chico Xavier.
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