Alma liberta aos sóis, ganho esfera
venusta...
Fito extático e ansioso o fulgor de
outra esfera.
Expandir-me, crescer e volitar quisera,
E sensação de queda agônica me
assusta...
Os instintos carnais, por escória
incobusta,
Chamam-me ao teto antigo... A Lei
piedosa e austera
Mostra-me os sonhos de anjo e os
impulsos de fera;
Homem, devo aprender quanto a ascensão
me custa!
Torno, trêmulo, à Terra em torvos
desenganos,
Mas agradeço, oh! Deus, os tremendais
humanos,
Báratros, tentações, trevas e
desatinos!...
Glória à reencarnação por mais me
desconforte!
De corpo em corpo, vida em vida, morte
em morte,
Alcançarei um dia, os Paramos
Divinos!...
Livro: Poetas Redivivos.
Espíritos Diversos / Chico Xavier.
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