O poço retratava a roseira tristonha
E pensava consigo: “Ah! terríveis
chavelhas!
Espinheiro infernal, quanta maldade
espelhas!...
Laminas e punhais infortúnios e
vergonha...”
A roseira, porém, como quem serve e
sonha,
Expandiu-se e lançou-se lindas jóias
vermelhas,
Astro verde a luzir em formosas
centelhas,
E o poço, a condenar, fez-se charco e
peçonha!...
A cisterna infeliz, no desvão da
chapada,
Apodreceu, por fim, preguiçosa e
estagnada,
Mas a planta floriu ao sol do Grande
Todo.
Alma, edifica e segue, abençoa e
auxilia...
Mal que procura o bem se faz bem,
dia-a-dia,
Mal que fica no mal se faz tóxico e
lodo.
Livro: Poetas Redivivos
Diversos Espíritos – Chico Xavier.
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