Reunião pública
de 30/3/59
Acautela-te em
atribuir aos falsos profetas o fracasso de teus empreendimentos morais.
Recorda que
todos somos tentados, segundo a espécie de nossas imperfeições.
Não despertarás
a fome do peixe com uma isca de ouro, nem atrairás a atenção do cavalo com um
prato de pérolas, mas, sim, ofertando-lhes à percepção leve bocado sangrento ou
alguma concha de milho.
Desse modo,
igualmente, todos somos induzidos ao erro, na pauta de nossa própria
estultícia.
Dominados de
orgulho, cremos naqueles que nos incitam à vaidade e, sedentos de posse,
assimilamos as sugestões infelizes de quantos se proponham explorar-nos a
insensatez e a cobiça.
É preciso
lembrar que todos somos, no traje físico ou dele desenfaixados, espíritos a
caminho, buscando na luta e na experiência os fatores da evolução que nos é
necessária, e que, por isso mesmo, se já somos aprendizes do Cristo, temos a
obrigação de buscar-lhe o exemplo para metro ideal de nossa conduta.
Não vale, assim,
alegar confiança na palavra de quantos nos sustentem a fantasia, com respeito a
fictícios valores de que sejamos depositários, no pressuposto de que venham até
nós, na condição de desencarnados; pois que a morte do corpo é, no fundo,
simples mudança de vestimenta, sem afetar, na maioria das circunstâncias, a
nossa formação espiritual.
“Não creias,
desse modo, em todo Espírito” – diz-nos o Apóstolo –, porquanto semelhante
atitude envolveria a crença cega em nossos próprios enganos, com a exaltação de
reiterados caprichos.
O ouvido que
escuta é irmão da boca que fala.Ilusão admitida é nossa própria ilusão.
Apetite
insuflado é apetite que acalentamos.
Mentira
acreditada é a própria mentira em nós.
Crueldade aceita
é crueldade que nos pertence.
De alguma sorte,
somos também a força com a qual entramos em sintonia.
Procuremos,
pois, o Mestre dos mestres como sendo a luz de nosso caminho. E cotejando, com
as lições dEle, avisos e informes, mensagens e advertências que nos sejam
endereçados, desse ou daquele setor de esclarecimento, aprenderemos, sem sombra,
que a humildade e o serviço são nossos deveres de cada hora, para que a verdade
nos ilumine e para que o amor puro nos regenere, preservando-nos, por fim,
contra o assédio de todo mal.
Livro: Religião
dos Espíritos.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Estudando
o Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Origem
e conhecimento da lei natural
624.
Qual o caráter do verdadeiro profeta?
Resposta:
O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo
pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca
do mentiroso para ensinar a verdade.
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