Conceito:
Bem - Designa,
em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a
atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com
perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de
acordo com a lei de Deus.
Mal - Para a
moral, é o contrario de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui
obstáculo ou contradição a perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas
vezes, de desejar. Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a
lei de Deus
Na questão 629
de LE, os Espíritos nos apresenta a definição de moral:
“A moral é a
regra de conduta e, portanto da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na
observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista
o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus”.
O escuro é
ausência da luz. “Faça-se a luz e a luz se fez” (VT, Genesis, cap.1); a
infelicidade é a ausência da felicidade;
o frio é a ausência do calor, o mal é a ausência do bem, assim como ódio é a
ausência do amor; portanto, não existem a escuridão, a infelicidade e o mal e
muitos menos o ódio. Podemos ter certeza que nossos inimigos são aquelas
pessoas que ainda não descobriram que nos amam.
De acordo com a
Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de
Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas varias encarnações.
Muitos pensam
que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador
do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios
sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo. Baseando-nos nessas
imagens, seriamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente.
A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de
um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a
mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir à origem do
mal.
Mas o mal existe
e deve ter uma origem.
O mal existe e
tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar
(flagelos) e os que se podem evitar (vícios).
Porém, os males
mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provém do seu
orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em
tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com
ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido
moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se
fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem
não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. O
livre-arbítrio é uma conquista do Espírito e, conseqüentemente geram nossas
escolhas.
Não podemos
esquecer que “fazer o bem não é apenas ser caridoso, mas ser útil na medida do
possível, sempre que o auxilio se faça necessário”. (LE questão 643) Allan
Kardec diz acertadamente que toda religião que não melhora o homem não atinge a
sua finalidade. A pureza verdadeira é sempre a pureza moral, a única que
aprimora o Espírito.
Livro: FEESP –
CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – 2º ANO
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