A vida é luz,
doação, alegria e movimento.
A morte é
sombra, egoísmo, desalento e inércia.
Analisa as
forças vivas que te rodeiam e observarás a natureza a desfazer-se em cânticos
de trabalho e de amor, assegurando-te bem estar.
É a árvore a
crescer na produção intensiva, o manancial em atividade constante para
garantir-te a existência, a atmosfera a refazer sem cessar os elementos com que
te preserva a saúde e o equilíbrio..
Mas, não longe
de ti podes ver igualmente a morte no poço estagnado em que as águas se
corrompem, na enxada inútil que a ferrugem devora, no fruto desaproveitado que
a corrupção desagrega..
Depende de ti
acordar e viver, valorizando o tempo que o Senhor te confere, estendendo o dom
de auxiliar e aprender, amar e servir.
Muitos nascem e
renascem no corpo físico, transitando da infância para a velhice e do túmulo
para o berço, à maneira de almas entorpecidas no egoísmo e na rebelião, na
ociosidade ou na delinqüência, a que irrefletidamente se acolhem.
Absorvem os
recursos da Terra sem retribuição, recebem sem dar, exigem concurso alheio sem
qualquer impulso de cooperação em favor dos outros e vampirizam as forças que
encontram, quais sorvedouros que tudo consomem sem qualquer proveito para o
mundo que os agasalha.
Semelhantes
companheiros são realmente os mortos dignos de socorro e de piedade, porquanto
à distância da luz que lhes cabe inflamar em si próprios, preferem o mergulho
na inutilidade, acomodando-se com as trevas.
Lembra os
talentos com que Deus te enobrece o sentimento e o raciocínio, o cérebro e o
coração e, fazendo verter o Brilho do Bem, através de teu verbo e de tuas mãos,
desperta e vive, para que, das experiências fragmentárias do aprendizado
humano, possas, um dia, alçar vôo firme em direção da Vida Imperecível.
Livro: Coragem
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