Na busca por
nosso progresso reencarnamos inúmeras vezes, até atingir o mais alto grau de
perfeição que comporta nosso planeta. A cada reencarnação temos desafios que,
se traduzem em lições a serem refeitas.
Mas, o que
significa lições a serem refeitas? O nosso planeta é semelhante a uma escola,
com seus vários graus de ensino e diversos tipos de alunos. Todos, sem exceção,
começam seus estudos pelo nível mais baixo, porém, a medida que assimilamos os
estudos correspondentes a cada série somos promovidos a série seguinte. Há alunos
que desejam, ardentemente aprender, outros que o fazem por fazer e uns que
odeiam estudar e preferem se divertir.
Vê-se então que
todos se encontram num mesmo caminho, ou seja, o do aprendizado, porém, cada um
trilhando determinado percurso da estrada. Todos têm grandes lições a aprender,
e outras, a serem refeitas, estamos em processo de evolução.
As lições a
serem refeitas são aquelas que apresentam maior dificuldade de assimilação.
Desta forma, temos que nos empenhar mais, estudar com mais afinco, fortalecer
nossa vontade de aprender a fim de atingir nossa meta.
Os vícios
representam as lições a serem refeitas em nossas vidas. Para tanto, é
importante o autoconhecimento, que identifique sua realidade, seus vícios assim
como as virtudes que eventualmente possua.
Quais são? Como
identificá-los? Qual possui?
Vamos ao
significado das palavras Virtudes e Vícios.
Virtudes: são
todos os hábitos que levam o homem para o bem, é uma disposição adquirida
voluntariamente para o bem e consiste na boa qualidade moral do homem,
Excelência moral, forca interior, retidão, austeridade.
Vícios: ausência
das virtudes. São ações que tendem para o mal, os costumes censuráveis, os
hábitos perniciosos, entre os quais: o fumo, a gula, o álcool, os abusos
sexuais. Já os defeitos consistem nas imperfeições ou desvios das leis morais, como o
orgulho e seus filhos: o egoísmo, a inveja, o ciúme, a maledicência, etc.
Todas as
virtudes são louváveis, porque implicam no cumprimento da Lei do Progresso.
Existem pessoas que fazem o bem espontaneamente, isso é, um sinal de progresso
realizado. Esses lutaram outrora e triunfaram. Por isso é que os bons
sentimentos nenhum esforço lhes custam e suas ações lhes parecem simplíssimas.
O bem se lhes tomou um hábito. Devidas lhes são as honras que se costuma
tributar a velhos guerreiros que conquistaram os seus altos postos. (Livro dos
Espíritos – Allan Kardec Perg. 894)
Há pessoas que
demonstram um desinteresse natural pelas coisas materiais, no entanto, o
descuido irrefletido de nossos bens constitui sempre falta de juízo.
A riqueza, do
mesmo modo que não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também
não o é a outros para ser dispersa ao Vento. Representa um depósito de que
todos terão de prestar contas, porque de responder por todo o bem que podiam
fazer e não fizeram, por todas as lagrimas que podiam ter estancado com o dinheiro
que deram aos que dele não precisavam. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec,
Perg. 896)
O bem deve ser
feito caritativamente, isto é, com desinteresse. Procede como egoísta todo
aquele que calcula o que lhe possa cada uma das suas boas ações renderem na
vida futura. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o homem melhorar-se, para se
aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender. (Livro dos
Espíritos – Allan Kardec, Perg. 897-B)
E útil que nos
esforcemos por adquirir conhecimentos científicos, pois, isso nos põe em
condições de auxiliar nossos irmãos. Nos intervalos das encarnações,
aprenderemos numa hora o que na Terra exigiria anos de aprendizado. Nenhum conhecimento é
inútil; todos contribuem para o progresso, porque o Espírito, para ser perfeito,
tem que evoluir, e fazer com que o progresso se efetue em todos os sentidos,
todas as idéias adquiridas ajudam no desenvolvimento do Espírito.
De dois homens
ricos que empregam suas riquezas exclusivamente em gozos pessoais, o mais
culpado é aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é sofrer. A
dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece; porém, como frequentemente
sucede, já dela não se lembra. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, Perg.899)
Cuidado ao
observar as imperfeições alheias, porque isso é faltar com a caridade. Se o
fizer, porém, para auxiliar o próximo para que este possa evitá-lo, esse estudo
poderá ser-lhe de alguma utilidade.
Importa não
esquecer, porém, que a indulgência para com os limites de outrem é uma das
virtudes contidas na caridade. “Antes de censurardes as imperfeições dos
outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as
qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse é o
meio de vos tornardes superiores a ele. Se lhe censurais a avareza, sede
generoso; se for orgulhoso, sede humildes e modestos; se for aspereza, sede
brandos; se for pequenez, sede grandes. Numa palavra, fazei de maneira que não
se vos possam aplicar estas palavras de Jesus: “Vê o argueiro no olho do seu
vizinho e não vê a trave no seu próprio”. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec,
Perg. 903)
Livro: Curso
Básico de Espiritismo – 2Ano / FEESP
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