Quando Deus
criou os homens e os colocou para viver sobre este planeta, teve o cuidado de,
como zeloso Pai, preparar todos os detalhes.
Desceu a
pormenores em Sua Providência e Sapiência. E assim, para que o homem pudesse
gozar das experiências mais diversas, exercitando seus cinco sentidos, Ele
salgou as águas marinhas, conferindo-lhes especial qualidade. Colocou doçura no
mel e perfumes variados nas flores.
Aplicou delicada
penugem em alguns frutos e aveludou as pétalas de inúmeras flores.
Estabeleceu que
um leito macio seria disposto no seio das florestas e dos bosques, pelas
próprias folhas caídas.
Assim, em dias
de cansaço, o homem poderia delas se servir para momentos de repouso, enquanto
contemplasse a variedade infinita das tonalidades da verdura das copas.
Para iluminar as
noites, pintou de prata a lua e colocou brilho nas estrelas, que enchem as
noites de claridades diversas.
Concedeu à
liquidez das águas cantantes instrumentos diversos, a fim de que as cachoeiras
caíssem com estrondo, como se estivessem executando sinfonias na percussão,
enquanto aos riachos e fontes entregou sofisticados violinos, para que
compusessem delicadas harmonias.
Estabeleceu que
a gota de orvalho cintilasse tanto ou mais que o brilhante precioso, arrancado
da terra.
Na intimidade da
ostra, estabeleceu a silenciosa produção da pérola e ao vento fez escultor,
enquanto percorresse, sem cansaço, através dos milênios, a dureza das rochas,
com seu especial e paciente cinzel.
Também o deixou
livre para despentear a cabeleira das árvores, acariciar as flores miúdas e as
campinas.
Mas foi ao criar
a maquinaria humana que Ele mais se esmerou. Criou um engenho perfeito, de
causar inveja a qualquer grande sábio ou inventor.
Quilômetros e
quilômetros de vasos e artérias, em funcionamento solidário. Hormônios,
glândulas, órgãos, cada qual com sua função específica, atendendo à ordem
geral.
Soberano, o
cérebro governa, o coração cadencia o bombeamento do sangue, o sistema
digestivo produz energia.
Por fim, para
que os Seus filhos não pudessem alegar ignorância de Sua presença, instalou no
ser espiritual a Sua própria essência imortal.
E gravou, de
forma indelével, as Suas leis na consciência.
E a cada um
legou um destino final: a perfeição.
Por ser Pai
amoroso previu que, em alguns momentos, os filhos, distantes do lar paterno,
poderiam se sentir acabrunhados e tristes. Por isso criou um mecanismo de
diálogo, que supera os mais modernos aparelhos de comunicação.
Nada que possa
superar os fios do pensamento, que atravessam o espaço com mais velocidade do
que a luz e recebem retorno, imediato, de Quem sempre se encontra a postos, em
atenciosa prontidão.
* * *
Deus nos é
apresentado como infinito em Suas qualidades, único, perfeito, muito além do
que possamos conceber nós, filhos limitados e imperfeitos.
Se isso nos
parecer difícil de entender, apreender, contemplemos o mundo que nos rodeia e
na variedade inesgotável das bênçãos haveremos de descobrir o Deus bom,
previdente, onisciente, todo poderoso, todo amor.
Redação do
Momento Espírita.
Em 12.4.2013.
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