“Como joia de ouro em focinho de porco,
assim é a mulher formosa que não tem discrição”. Pv. 11,v. 22.
A discrição na criatura valoriza a
harmonia na consciência e o respeito ao modo de viver dos outros.
Quem pretende falar desordenadamente do
que vê nos seus semelhantes favorece o escândalo e desajusta a si mesmo, porque
se antipatiza perante aqueles com quem convive.
O ajuizado não maldiz, não perturba
seus companheiros, não critica, não afronta, não julga a quem quer que seja e
não se nega ao bem, quando está em suas mãos fazê-lo.
Não tem ciúmes, porque não inveja os
pertences alheios, sente prazer ao encontrar as criaturas nas bênçãos de Deus,
e por vezes coopera para que todos sejam mais felizes.
Sejamos bem falantes por onde
transitarmos, por compreendermos que a fala ajustada nos lugares em que lhe
compete construir é qual estrela de luz a iluminar o coração, inspirando a
inteligência e fazendo, das mãos, forças que abençoam em todos os sentidos.
Sê comedido com o teu companheiro nas
lutas do trabalho, respeitando todos os seus ideais. Todavia, quando esses não
se harmonizarem com o bem, a tua fisionomia pode falar mais alto que o verbo,
em desaprovação. A Expressão fisionômica, em muitos casos, desaprova, sem
ferir.
No entanto, quando a fala for mais
conveniente, usa-a, com prudência.
Adorna-te, não somente com joias, na
discrição que é peculiar à beleza, mas enfeita-te com a riqueza das virtudes,
nas linhas em que tua faixa de vida for favorável.
Sê comedido nos pensamentos, palavras e
ações. Sem a alimentação que assegura a forma do corpo físico, não podes viver
na Terra. Porém, a comida em excesso desorienta a Alma nos seus ideais. As
vestes são adornos e amparos que a civilização descobriu. Contudo escravizam as
criaturas quando estas partem para o exagero.
A riqueza material é oportunidade para
que faças muita caridade. Entretanto, quando a usura está presente, o ouro é
alavanca para muitos infortúnios. A moderação, em tudo, é luz de Deus no
coração da vida.
Quando colocardes joias, por fora, não
vos esqueçais dos enfeites, por dentro.
A modéstia nunca se arrepende, desde
que não passe ao acanhamento.
Sê seguro do que fazes, e deixa que
essa segurança se transforme em fé. E que essa fé se transmute em esperança,
abrindo as portas do coração e da inteligência, para que a esperança, a fé e a
segurança transbordem em amor, criando vidas e libertando almas.
A sensatez é a força da estabilidade no
Espírito que aspira a paz.
Livro:
TUAS MÃOS
Médium:
João Nunes Maia
Espírito:
Carlos
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