a) CASAMENTO E
CELIBATO
“O casamento ou
a união permanente de dois seres, como é obvio, implica o regime de vivência
pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência
mútua.” (Vida e Sexo - cap. 7 – Emmanuel / Chico Xavier.)
A Doutrina
Espírita veio nos ensinai; para grande surpresa nossa, que a verdadeira vida é
no Plano Espiritual.
Para as nossas
experiências, expiações, provas, oportunidades de trabalho, e estudo, etc. e,
sobretudo para o progresso e evolução em todos os aspectos, Deus nos deu as
reencarnações.
Por meio das
reencarnações, temos a única maneira de progredirmos ate alcançarmos a condição
de Espíritos Puros. Condição essa, que todos nos, sem exceção, alcançaremos um
dia, conforme promessa de nosso Mestre Jesus. “Sede vos logo perfeitos, como
também vosso Pai celestial é perfeito.” (Jesus / Mt, V:44-48)
O tempo que
levaremos para atingir esse objetivo vai variar de Espírito para Espírito, pois
é uma tarefa individual.
A união conjugal
no Plano Espiritual se da através de almas afins, enquanto no Plano físico
essas relações se dão, muitas vezes para reajustar uma situação criada em
outras encarnações, onde esses Espíritos têm a oportunidade de se encontrarem para
“provarem ou expiarem” através do convívio e com isso evoluírem Espiritualmente,
se libertando daqueles laços que os prendiam.
Deus, com sua
paciência e misericórdia infinita, aguarda o resultado dos nossos esforços sem
nenhuma pressa ou pressão, leve o tempo que levar, mesmo porque, somos
imortais. Tivemos um começo, mas não teremos fim.
Antes de
retornarmos ao plano físico fazemos um planejamento reencarnatório onde nos
comprometemos em receber; acolher e conviver com companheiros de aventuras
infelizes com a promessa de socorro e oportunidade de reedificação, com a
esperança de elevação, resgate, burilamento e melhoria. O Casamento ou união
conjugal é uma dessas oportunidades onde se pode constituir uma família e
quitar os débitos obtidos.
“Celibato (do
latim caelibatus que significa “não casado” na sua definição literal é uma
pessoa que se mantêm solteira, podendo manter relações sexuais, logo não
precisa se manter casto. No entanto, o termo é popularmente usado para descrever uma
pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais. (Wikipedia -dicionário)
O celibato
quando decidido por motivos religiosos ou beneméritos, mediante juramento ou
voto sagrado, se o propósito é de se consagrar e servir a coletividade, sem
segunda intenção egoísta, esse sacrifício eleva o homem acima de sua condição
material e um ato meritório, perante as Leis Divinas.
Contudo, quando
o celibato é um ato voluntário, tendo como finalidade a fuga das
responsabilidades que a constituição familiar exige, não pode ser considerado
um estado ideal “... Os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam
a todos (Livro dos Espíritos - Allan Kardec - pergunta 698)
b) POLIGAMIA
“Poligamia, do
grego muitos matrimônios. No reino animal, a poligamia se refere à relação onde
os animais mantêm mais de um vínculo sexual no período de reprodução. Nos
humanos, a poligamia é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre
mais de duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida.
É permitida por algumas religiões e pela legislação de determinados países.”
A poligamia para
ser uma lei natural deveria ser universal, mas no entanto é utilizada, ainda,
em alguns países pela legislação humana.A abolição da prática poligâmica marca
o progresso social, pois a monogamia é a união onde proporciona aos cônjuges a
oportunidade de se conhecerem afetivamente e se elevarem moralmente através dos
princípios de amor e fraternidade, respeito, constituindo a união ideal do
raciocínio e do sentimento entre as almas eleitas.
“...o casamento
segundo as vistas de Deus tem que se fundar na afeição dos seres que se unem.
Na poligamia, não há afeição real: há apenas sensualidade...” (Livro dos Espíritos - Allan Kardec, -pergunta
701)
c) UNIÃO ESTÁVEL
Nossa
legislação, bem como a maioria dos outros países, permite a separação dos
casais, através do desquite ou divórcio. As leis humanas vão se modificando,
procurando acompanhar o progresso da civilização. A Doutrina Espírita concorda
com essa posição, ponderando que é preferível a separação oficializada, mesmo
porque nesses casos, a separação já é um fato consumado.
Partindo-se do
princípio de que não há uniões ao acaso. O divórcio sendo uma lei humana, vem
para legalizar um mal maior ou seja, para interromper compromissos que poderiam
causar danos maiores aos cônjuges, onde levaria muito mais tempo para resgatar
O fato de uma
separação em uma encarnação não quer dizer que os Espíritos deixarão de ter
aquele compromisso, pois em outra oportunidade virão juntos, para resgatar o
que sucumbiram nessa.
Espera-se que
haja equilíbrio nos compromissos afetivos entre casais, para que não percam a
oportunidade de construir a verdadeira libertação.
Os débitos que
contabilizamos ficam gravados dentro de nós, para que em algum momento possamos
quitar. O espírita, conhecedor das Leis de Deus, que são misericordiosas, porém
justas, deve esforçar ao máximo para manter a união estável, evitando o
rompimento.
Livro: Curso
Básico de Espiritismo 2º Ano - FEESP
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