Reunião pública
de 18/5/59
Ser-nos-á sempre
fácil discernir a presença dos mensageiros divinos ao nosso lado, pela rota do
bem a que nos induzam.
Ainda mesmo que
tragam consigo o fulgor solar da Vida Celeste, sabem acomodar-se ao nosso
singelo degrau nas lides da evolução, ensinando-nos o caminho da Esfera
Superior. E ainda mesmo se alteiem a culminâncias sublimes na ciência do
Universo, ocultam a própria grandeza para guiar-nos no justo aproveitamento das
possibilidades em nossas mãos.
Sem ferir-nos de
leve, fazem luz em nossas almas, a fim de que vejamos as chagas de nossas
deficiências, de modo a que venhamos saná-las na luta do esforço próprio.
Nunca se
prevalecem da verdade para esmagar-nos em nossa condição de espíritos
devedores, usando-a simplesmente como remédio dosado para enfermos, para que
nos ergamos ao nível da redenção, e nem se valem da virtude que adquiriram para
condenar as nossas fraquezas, empregando-a tão-só na paciência incomensurável
em nosso favor, de modo a que a tolerância nos não desampare à frente daqueles
que sofrem dificuldades de entendimento maiores que as nossas.
Se nos encontram
batidos e lacerados, jamais nos aconselham qualquer desforço ou lamentação e,
sim, ajudam-nos a esquecer a crueldade e a violência, com força bastante para
não cairmos na posição de quem nos insulta ou injuria, e, se nos surpreendem caluniados
ou perseguidos, não nos inclinam à revolta ou ao desânimo, mas recompõem as
nossas energias desconjuntadas, sustentando-nos na humildade e no serviço com
que possamos reajustar o pensamento de quem nos apedreja ou difama.
Erigem-se na
estrada por invisível apoio aos nossos desfalecimentos humanos e aclaram-nos a
fé na travessia das dores que fizemos por merecer.
São rosas no
espinheiral de nossas imperfeições, perfumando-nos a agressividade com o
bálsamo da indulgência, e estrelas que brilham na noite de nossas faltas,
acenando-nos com a confiança no esplendor da alvorada nova, para que não
chafurdemos o coração no lodo espesso do crime.
E, sobretudo,
diante de toda ofensa, levantam-nos a fronte para o Justo dos justos que
expirou no madeiro, por resistir ao mal em suprema renúncia, entre a glória do
amor e a bênção do perdão.
Livro: Religião
dos Espíritos.
Emmanuel / Chico
Xavier.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Anjos de guarda.
Espíritos protetores, familiares ou simpáticos
501. Por que é
oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa existência e por que, quando nos
protegem, não o fazem de modo ostensivo?
Resposta: Se vos
fosse dado contar sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o
vosso Espírito não progrediria. para que este possa adiantar-se, precisa de
experiência, adquirindo-a freqüentemente à sua custa. É necessário que exercite
suas forças, sem o que, seria como a criança a quem não consentem que ande
sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira
que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se não tivésseis
responsabilidade, não avançaríeis na senda que vos há de conduzir a Deus. Não
vendo quem o ampara, o homem se confia às suas próprias forças. Sobre ele,
entretanto, vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada, advertindo-o do
perigo.
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