Não fosse Jesus
reencarnacionista e toda a Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de
segurança, por faltar-lhe a justiça na sua mais alta expressão propiciando ao
infrator a oportunidade reeducativa, com o conseqüente crescimento para a
liberdade a que aspira.
O amor por Ele
ensinado, se não tivesse como apoio a bênção do renascimento corporal ensejando
recomeço e reparação, teria um caráter de transitória preferência emocional,
com a seleção dos eleitos e felizes em detrimento dos antipáticos e desditosos.
Com o apoio na
doutrina dos renascimentos físicos, Ele identificava de imediato quais os
necessitados que estavam em condições de recuperar a saúde ou não, tendo em
consideração os fatores que os conduziam ao sofrimento. E por isso mesmo, nem
todos aqueles que Lhe buscavam a ajuda logravam-na ou recuperavam-se.
Porque sabia ser
enfermo o Espírito, e não o corpo, sempre se dirigia preferencialmente à individualidade,
e não à personalidade de que se revestia cada homem.
Sabendo acerca
da fragilidade humana, emulava à fortaleza moral, fiel à lei de causa e efeito
vigente no mundo.
Não apenas no
diálogo mantido com Nicodemos vibrou a Sua declaração quanto à “necessidade de
nascer de novo”. Ela se repete de forma variada, outras vezes, confirmando o
processo das sucessivas experiências carnais, método misericordioso do amor de
Deus para o benefício de todos os Espíritos.
Nenhuma surpresa
causara aos Seus discípulos a resposta a respeito do Elias que já viera, assim
como a indagação em torno de quem Ele seria, segundo a opinião do povo, em
razão de ser crença, quase generalizada à época, a pluralidade dos
renascimentos.
* * *
Espírito puro,
jamais enfermou, enfrentando os fatores climáticos e ambientais mais diversos
com a mesma pujança de força e saúde a se refletir na expressão de beleza e de
paz nEle estampada.
Quem O visse,
jamais O olvidaria, e todo aquele que Lhe sentisse o toque amoroso, ficaria
impregnado pelo Seu magnetismo para sempre.
É verdade que
não poucos homens, que foram comensais da Sua misericórdia, aparentemente O
esqueceram... Todavia, reencarnaram-se através da História, recordando-O às
multidões, e ainda hoje se encontram empenhados em fazê-lO conhecido e amado.
* * *
A psicoterapia
que Ele utilizava era centrada na reencarnação, por saber que o homem éo
modelador do próprio destino, vivendo conforme o estabeleceu através dos atos
nas experiências passadas.
Por tal razão,
jamais condenou a quem quer que fosse, sempre oferecendo a ocasião para reparar
o prejuízo e recuperar-se diante da própria, bem como da Consciência Divina.
Sem preferência
ou disputa por alguém ou coisa alguma, a tudo e a todos amou com desvelo,
albergando a humanidade de todos os tempos no Seu inefável afeto.
Espalhou
missionários pela Terra, falando a linguagem da reencarnação, até o momento em
que Ele próprio veio confirmá-la, acenando com esperança futura de felicidade
para todas as criaturas.
* * *
Não te
crucifiques na consciência de culpa, após reconheceres o teu erro.
Não te
encarceres em sombras, depois de identificares os teus delitos.
Não te amargures
em demasia, descobrindo-te equivocado.
Renasce dos teus
escombros e recomeça a recuperação de imediato, evitando futuros retornos
expiatórios, injunções excruciantes, situações penosas.
Pede perdão e
reabilita-te, ante aquele a quem ofendeste e prejudicaste.
Se ele te
desculpar, será bom para ambos. Porém, se não o fizer, compreende-o e segue
adiante, não mais errando.
Infelicitado por
alguém, perdoa-o e desatrela-te dele, facultando-lhe a paz e vivendo o
bem-estar que decorre da ação correta.
A reencarnação
de que te utilizas é concessão superior, que não podes desperdiçar.
Cada momento é
valioso para o teu trabalho de sublimação, de desapego, de amor puro.
Abrevia os teus
renascimentos agindo corretamente e servindo sem cansaço, com alegria,
porqüanto, para adentrares no reino dos céus, que se estende da consciência na
direção do infinito, é necessário nascer de novo, conforme Ele acentuou.
Livro: Jesus e a
Atualidade.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.
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