Notam-se povos
que entraram em verdadeiros estados convulsivos e retrocederam a barbárie.
Seria esse indicativo de que pode haver o retrocesso em alguns casos? Não é bem
isso, mas podemos pensar num exemplo bem simples, o da casa que ameaça cair:
para reconstruí-la precisamos primeiro derrubá-la. (Livro dos Espíritos – Allan
Kardec, 786). Até que seja reconstruída há confusão e perturbação. Da mesma
forma, há raças por natureza rebeldes ao progresso; mas se aniquilam
corporalmente falando, a cada dia. Atingirão a perfeição como todas as outras
almas, passando por outras existências.
Todos nos já
passamos por estágios muito deploráveis antes de atingirmos o nível atual. Já
fomos selvagens, ate mesmo antropófagos, porém evoluímos para o estagio atual.
(Livro dos Espíritos – Allan Kardec, 787-b) Podemos também analisar o progresso
considerando-se o conjunto de pessoas. Povos são individualidades coletivas;
que como os indivíduos passam pela infância, idade madura e decrepitude; também
sujeitas à evolução e percalços naturais (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, 788).
Os povos que só vivem materialmente (muito adiantados tecnologicamente), cuja
grandeza se fim da na força e na extensão territorial, crescem e morrem, porque
a força de um povo se esgota como a de um homem; aqueles cujas leis egoístas
atentam contra o progresso das luzes e da caridade, morrem porque a luz
aniquila as trevas e a caridade mata o egoísmo. Mas há para os povos, como para
os indivíduos, a vida da alma, e aqueles, cujas leis se harmonizam com as leis
do Criador, viverão e será o farol para outros povos.
Seremos um dia
uma só nação? Não, porque isso seria impossível, já que temos muitas
diversidades climáticas, culturais e necessidades diferentes, que constituem as
nacionalidades. “Contudo, a Caridade não conhece latitudes e não faz distinção
dos homens pela cor”. (Livro dos
Espíritos – Allan Kardec, 789).
Quando a lei de
Deus constituir por toda à parte a base da lei humana, os povos praticarão a
Caridade de um para outro, como os indivíduos de homem para homem, vivendo
felizes e em paz, porque ninguém tentara fazer mal ao vizinho ou viver as suas
expensas. Pouco a pouco todos estarão no mesmo nível quanto ao sentimento do
bem a Terra só abrigara bons Espíritos, prevalecera um clima de união fraterna.
Contudo, maus serão repelidos e deslocados para mundos inferiores até que se
tornem dignos de voltar ao nosso meio transformados.
A Humanidade
progride através dos indivíduos, que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem;
quando estes se tomam numerosos tomam à dianteira e arrastam os outros. De
tempos em tempos surgem os homens de gênio, que lhes dão um impulso; e depois,
homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que em alguns anos a
fazem avançar muitos séculos.
Mais uma vez a
pluralidade das existências vem comprovar a justiça divina. Uma nação
transformada será mais feliz neste mundo e no outro. Durante esta marcha
secular, milhares de indivíduos perecem. Estarão privados da felicidade dos que
chegam por ultimo? Todos têm direito a felicidade, porque ninguém é deserdado
pelo progresso. Os que viveram no tempo da barbárie, podendo voltar no tempo da
civilização, no mesmo povo ou em outro se beneficiam da marcha ascendente.
Ao contrário, na
unicidade das existências, quando a alma é guiada no momento do nascimento, um
homem pode ser mais adiantado que outro porque Deus assim o quis. Por que esse
favor? Que mérito teria ele? Não viveu mais que o outro. Onde estaria a
justiça divina?, (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, 789 - comentários).
Livro: Curso Básico de
Espiritsmo – FEESP 2º Ano.
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